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Taxistas apresentam demandas da categoria

05/11/2013 - Atualizado em 05/11/2013 08h35

Taxistas reclamaram de carros oficiais ocupando vagas no ponto de táxi do Centro

A maioria decidiu pela faixa na cor laranja, em substituição da atual azul

MANHUAÇU (MG) - Taxistas que atuam na cidade e nos distritos participaram de Audiência Pública realizada pela Câmara de Manhuaçu. Durante duas horas, eles apresentaram suas reivindicações e debateram melhorias no atendimento aos usuários e a organização do setor.

As principais reivindicações elencadas na audiência pública foram: solicitações de melhorias à Polícia Militar, quanto à segurança dos taxistas; a construção de cobertura para o ponto de táxi da Praça Dr. César Leite; providências junto aos órgãos competentes quanto ao problema do transporte clandestino de passageiros; regulamentação do uso do taxímetro e revisão do prazo para implantação; fiscalização da liberação de licenças aos profissionais taxistas; definição dos locais de pontos de táxi da cidade, e o excesso de veículos táxi no Terminal Rodoviário (são 10 vagas e 16 taxistas).

Entre os dados apresentados, os taxistas questionaram a quantidade de licenças existentes. São 103 autorizações de pontos de táxi, mas na prática conhecem cerca de 70 profissionais. Segundo eles, há casos de pessoas apenas aproveitando o benefício da redução de impostos para comprar veículo e não prestam serviço ou ficam nos pontos. Diversos taxistas relataram locais em que há autorização para táxi, mas ninguém nunca viu carro prestando serviço, como a região de Ponte do Silva ou Dom Corrêa e a avenida Melo Viana e a Ponte dos Arcos.

O vereador Eli de Abreu, autor da lei que organiza o setor, explicou que a adoção de faixas com o número da inscrição e a caracterização do veículo é um dos caminhos para combater esses problemas. “À medida que os veículos forem padronizados, vamos descobrir naturalmente quem é taxista em Manhuaçu. Os trabalhadores serão reconhecidos. Além disso, é uma medida que contribui para a segurança deles e dos passageiros”, pontuou.

DISTRITOS

A questão dos distritos também foi muito debatida durante a reunião. Os vereadores Jânio Garcia, Francisco de Assis Dutra, Jorge do Ibéria, Juarez Eloi e Aponísia dos Reis destacaram as dificuldades do cumprimento da lei, especialmente a questão do taxímetro.

Os profissionais também solicitaram a revisão da medida e outras garantias para o exercício da profissão. Há distritos que constam na relação de pontos de táxi, contudo na prática não há veículo no local. “Enquanto isso, quem quer realmente trabalhar não consegue uma licença”, contou um dos participantes.

SOMBRA E ABUSO

Os taxistas reclamaram do recente corte feito nas árvores da Praça Cordovil Pinto Coelho, o que reduziu a sombra nos dias quentes e a presença de passarinhos – até então comum ao local. Sobre o assunto, o Vereador João Gonçalves Linhares Júnior (Inspetor Linhares) manifestou seu repúdio ao procedimento tomado pela Prefeitura.

Eles ainda mostraram veículos oficiais da Secretaria de Obras ocupando vagas destinadas ao serviço de táxi. Segundo os profissionais, quando questionam, ainda são ironizados, como se eles é que estivessem errados.

O vereador Inspetor Linhares solicitou à presidência da Câmara o encaminhamento de Requerimento ao Prefeito solicitando que o mesmo se manifeste sobre as reivindicações feitas pelos taxistas.

NOVA COR

Houve a definição da cor Laranja, como a predominante das faixas que deverão ser colocadas nos veículos, a partir de Janeiro de 2014.  A escolha se deu por meio de votação, por aclamação da maioria, feita pelos próprios taxistas.

O Presidente Maurício Júnior reafirmou o compromisso da Câmara em atuar com transparência e seriedade junto à população, daí o propósito de realizar a audiência que visa melhorias no serviço de táxi. Segundo ele, todas as solicitações serão encaminhadas pelo Poder Legislativo e respondidas aos taxistas.

Carlos Henrique Cruz / Thomaz Júnior - portalcaparao@gmail.com

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