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Torturado por mãe e padrasto, menino de seis anos morreu enforcado

09/07/2014 - Atualizado em 09/07/2014 10h26

CARATINGA (MG) - Em coletiva à imprensa nesta manhã de quarta-feira (09/07), o delegado Luiz Eduardo apresentou novos elementos na investigação da morte da criança de seis anos, João Paulo Camilo, assassinada pelo padrasto José Mateus da Silva, de 35 e pela própria mãe, Josina Concebida Moysés, de 36. O caso foi registrado na zona rural de Santa Bárbara do Leste, onde também ficou constatada a agressão a outras duas crianças de 4 e 5 anos, que foram encaminhadas para tratamento médico.

As perícias realizadas até então apontavam a morte da criança por tortura, tendo em vista os diversos ferimentos no corpo da vítima. O corpo de João Paulo passou pela necropsia e a perícia constatou que a criança foi enforcada, houve asfixia mecânica. "Houve constrição de pescoço com asfixia mecânica, ou seja, a criança foi enforcada até a sua morte, após as agressões constatadas em uma primeira perícia", destacou.

O corpo da criança também apresentava lesões provocadas por chicote e ferro quente. Segundo a perícia, João Paulo apresentava 30 queimaduras de terceiro grau, provocadas, provavelmente, por ferro quente.

O cinto e chicote utilizados na tortura e agressões às crianças foram apreendidos pela polícia, os materiais estavam dentro da casa em que moravam. O resultado desta investigação provoca o aumento considerável das penas atribuídas aos crimes cometidos pela mãe e pelo padrasto. Segundo o delegado, o crime de homicídio qualificado prevê pena máxima de trinta anos, somadas todas as penas, elas podem chegar a até 91 anos prisão. O casal deverá responder pelos crimes de homicídio qualificado (por asfixia e por motivo fútil) e tortura.

Neste caso, eles respondem pelo crime de tortura envolvendo as três crianças. A polícia entendeu que os dois, padrasto e mãe, participaram de todos os crimes. Os autores foram interrogados duas vezes na Delegacia de Polícia Civil de Caratinga e na semana passada foram transferidos para uma unidade prisional de Ponte Nova. Para o delegado, os elementos coletados durante a investigação para a conclusão do inquérito já são suficientes para o indiciamento de ambos. "Eu não preciso mais da confissão deles, já existem outros elementos que comprovam e apontam eles como autores, eles enforcaram a criança e agrediram os outros filhos", concluiu.

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