Captação no córrego Ventania |
O Secretário Carlos Alberto na barragem do Sagui. Apenas um pequeno filete de água no córrego.
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Na Limeira, o nível da água está abaixo da entrada do cano da adutora. Foi preciso colocar um tubo de pvc para aproveitar o pouco de água que ainda escoa.
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Reservatórios estão sem água e manobras estão sendo feitas para evitar mais dificuldades. |
Reservatório que atende a Vila Verde e Vivendas: não tem vazão suficiente para encher |
Córregos estão secando. |
MANHUMIRIM (MG) - Em razão da escassez de chuva nos últimos meses, a Administração de Manhumirim entrou em estado de alerta. O pouco volume de chuva registrado na zona rural reflete em dificuldades para o abastecimento. Não há água para abastecer as residências e a ordem é economizar.
Entre as consequências da estiagem prolongada estão a os danos à agricultura na zona rural e a falta de água para ser captada e tratada. Nos quatro pontos de captação, nas barragens dos córregos Ventania, Limeira, Ouro e no Parque do Sagui, filetes de água e reservatórios vazios confirmam o cenário preocupante.
“Na Limeira, a água da barragem está abaixo do ponto de captação. No Parque do Sagui e no Córrego Ventania, os córregos já estão praticamente secos. O pouco que temos conseguido captar está sendo usado para o abastecimento da cidade”, conta do Secretário de Obras e Diretor do SAAE Carlos Alberto Gonçalves (Betão).
Neste final de semana, o SAAE e a prefeitura de Manhumirim adotaram medidas mais severas e passaram a fazer manobras para garantir um pouco de abastecimento em toda a cidade. Além de um caminhão pipa do município, a Administração conseguiu outro veículo emprestado para ajudar nas medidas, especialmente por conta da movimentação do Jubileu do Senhor Bom Jesus.
Betão explica que, ao se comparar o volume de chuvas dos últimos anos em Manhumirim percebe-se que de janeiro a setembro deste ano houve uma redução drástica na quantidade de água que caiu sobre o município. Dados apresentados numa reunião na semana passada, mostram que essa é uma das maiores secas dos últimos 70 anos.
O diretor do SAAE reconhece que a autarquia adotou medidas antipopulares para conter o desperdício e fala sobre a necessidade urgente de cada um repensar, rever conceitos e mudar atitudes em relação ao seu uso. “Isso, para que a cidade não enfrente situação parecida como a de outras tantas. Em pelo menos 140 cidades de Minas Gerais, segundo a Defesa Civil do Estado, foi decretada situação de emergência em função das falta de chuvas”, alerta.
Em Manhumirim, os reservatórios Cantamissa, Madre Beatriz e do Bairro Nossa Senhora da Penha estão sendo controlados. A prefeitura adotou manobras e assim cada parte da cidade é abastecida em determinados horários. “Todos os moradores devem economizar. A ação de cada um é que irá nos ajudar a enfrentar esse período difícil”, completa Betão.
A Prefeita Darci Braga também comentou o cenário de preocupação. “Estive na zona rural e também vi fazendas sofrendo com a falta d´agua. Realmente é uma das maiores estiagens que já tivemos. Peço a compreensão de todos, mas é algo que foge ao nosso controle. É preciso economizar”.
Segundo a prefeita, a prefeitura está acompanhando a situação das nascentes e pontos de captação. Ela garantiu que estão tomando as medidas necessárias e admitiu que pode decretar estado de emergência se o quadro se agravar mais.
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