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Segurança

Rapaz é condenado a 13 anos e 9 meses por homicídio

23/10/2014 - Atualizado em 23/10/2014 07h25

MANHUAÇU (MG) - Na tarde de ontem (22) começou o primeiro dia de júri popular da semana no Fórum Desembargador Alonso Starling, em Manhuaçu. O Réu José Rafael Alves, de 24 anos, foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio de Wellington Almeida da Silva. O crime ocorreu em outubro de 2013, numa lanchonete no distrito de Vilanova.

De acordo com a tese da Promotoria de Justiça, representado pelo Dr. Renan Coelho, apresentado conforme investigações e depoimentos das testemunhas, a vítima havia parado na lanchonete com sua esposa para comprar sanduíches para os filhos. Sentados no balcão, Wellington estaria distraído e numa momento em que abaixou a cabeça, o acusado apontado a arma, com a vítima de costas e teria efetuado os disparos. A arma utilizada no crime foi mostrada ao júri.

O promotor explicou que a motivação do crime seria uma desavença entre autor e vítima, mas que no momento de sua morte Wellington estava no local apenas com a intenção de comprar os sanduíches. “A vitima acreditava que José Rafael teria participado de um assalto e uma agressão a seu pai, ocorrido um ano antes, e que teria deixado seu pai com limitações físicas, pois no dia posterior ele estaria consumindo bebidas com o dinheiro proveniente do assalto junto com outros autores. Mas, conforme depoimento da esposa, ele havia deixado para lá, para a justiça. Só que dias antes do crime, o réu estava encarando o Wellington, o que levou a vítima a tirar satisfações. Mas no dia, nada apontava intenção de Wellington em tentar nada contra José Rafael”.

Dr. Renan ainda afirmou que a própria versão do acusado pouco se diferenciava do que foi apontado pela promotoria, exceto por ele afirmar que temia pela sua vida após ameaças da vítima. “Se ele matou e fugiu, porque precisava tirar a vida do Wellington para fugir, se estava com medo, seria mais fácil fugir antes. Ele apresentou três versões diferentes sobre a vítima estar portando arma e ainda não havia nenhum registro policial de ameaça. Entendo como motivo torpe, pois ele escolheu um caminho sem volta, não houve diálogo, e de uma forma covarde, pelas costas, enquanto a vítima estava distraída”, ressaltou.

Outra prova do crime apurada foi a gravação das câmeras de segurança da lanchonete, que flagraram o momento dos disparos.

Além do homicídio, o réu foi julgado por mais dois crimes:  fraude processual ao tentar esconder a arma do crime, o qual foi condenado a seis meses em regime aberto, e posse de drogas para consumo próprio, no qual ele sofreu uma advertência. No dia em que se apresentou a polícia, o réu estava com um cigarro de maconha no bolso da calça. A sentença foi lidas pelo o juiz da Vara Criminal, Dr. Marco Antônio Silva.

De acordo com o advogado, Dr. Roberto Gomes, responsável pela defesa do réu, a defesa pretende recorrer para uma adequação da pena.

O CRIME

Na noite de 27 de outubro de 2013, Wellington Almeida da Silva, com 33 anos na época,  estava numa lanchonete na praça Monsenhor Rocha, região central do distrito de Vilanova, quando o autor se aproximou e efetuou disparos contra a cabeça da vítima, que morreu no local.

José Rafael fugiu em seguida e teria sido visto pulando um muro próximo a escola do distrito.

Apesar do rastreamento, não foi localizado, se apresentando a polícia posteriormente.

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