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Economia

Quatro supermercados: não haverá demissões com nova lei

27/11/2014 - Atualizado em 27/11/2014 21h02

Empresário Paulo César, do Paxá

Carlos Berçot da Mercearia do Carlinhos

Célio do Oliveira do Supermercado União

Carlos Magno Perígolo do Supermercado Pais & Filhos

MANHUAÇU (MG) - "Ao contrário do que muitos comentam, o fechamento dos supermercados aos domingos não atrapalhará o faturamento de ninguém, nem gerará demissões" - A afirmação é feita por três empresários que atuam no ramo há muitos anos em Manhuaçu e que não enxergam com bons olhos a vontade de que os estabelecimentos permaneçam abertos aos domingos.

O grupo formado pelos empresários Paulo Cesar de Oliveira (Supermercado Paxá), Antônio Carlos Berçot Afonso (Mercearia do Carlinhos), Célio de Oliveira Miranda (Supermercado União) e Carlos Magno Perígolo (Supermercado Pais e Filhos) argumentam que não haverá demissões. A posição é manifestada em contraponto a entrevista concedida, na semana passada, pelo empresário Hercílio Diniz (Coelho Diniz) que afirma que estima em 10% a redução do quadro de funcionários.

Os quatro empresários ainda afirmaram que não entendem por qual motivo o projeto de Lei n0 072/2014, de autoria dos vereadores Gilson Cesar da Costa e Fernando Lacerda, aprovado pela Câmara Municipal vem causando tanto contratempo, principalmente depois que foi encaminhado do Chefe do Poder Executivo para ser sancionado. Para os empresários de Manhuaçu, que há muitos anos promovem o progresso, investimento e geram emprego, em nenhum momento existe o fator chamado "preocupação", quanto a redução de faturamento e muito menos a possibilidade de haver demissão.

O empresário Paulo Cesar de Oliveira "Paxá", garante que não vê a necessidade de tanta polêmica, um assunto voltado para a empresa privada, que gera empregos, fatura nas vendas durante a semana e, se fechar aos domingos jamais estará comprometida, nem tampouco a necessidade de demitir funcionários. De acordo com o empresário, o fechamento dos supermercados aos domingos é um benefício e uma vitória para os funcionários, que poderão estar ao lado da família e ter um domingo normal, haja vista que, em outras cidades como Muriaé, Viçosa (cidade universitária), já adotaram o fechamento aos domingos. Ele lembra ainda, que as cidades do Espírito Santo todos os estabelecimentos ficam fechados aos domingos. Ao ser questionado sobre possíveis demissões, o empresário "Paxá" foi enfático. "Pelo contrário, pois, estaremos trabalhando no sábado até mais tarde e, o número de funcionários tem de aumentar. Os outros dias também não serão diferentes e, isso vai exigir que haja contratação. Na minha empresa, garanto que não haverá nenhum desemprego e, sim, trabalhadores com condições e alegria para executar as atividades", declara o empresário.

Para Antônio Carlos Berçot Afonso "Carlinho da Mercearia", o fechamento aos domingos traduz uma conquista para os funcionários, pois poderão ficar descansando, compartilhando a alegria com os familiares.Com muito otimismo, o empresário explica que não vê necessidade de demissão, principalmente quando se trabalha com exatidão. "Descansar é importante e os funcionários merecem. Podem programar um churrasco, se organizar para o relaxamento e retorno na segunda-feira com vontade de trabalhar", ressalta Carlinho da Mercearia.

Outro empresário do ramo de supermercado ouvido pela reportagem foi Carlos Magno Perígolo, proprietário do Supermercado Pais e Filhos. Por telefone, o empresário disse que vê com bons olhos o fechamento aos domingos e, seguramente durante a semana será diluída a demanda, haverá mais movimento e tanto empresário, quanto os funcionários sairão ganhando.

Por ter um quadro de funcionários significante, a demissão de funcionários está descartada. Segundo ele, contratação poderá ser até maior,já que no decorrer da semana o estabelecimento vai movimentar com mais intensidade. "Acreditamos que fechando aos domingos, vai diminuir a "rotatividade" e, certamente o funcionário vai querer ficar mais tempo na empresa. O domingo livre será otimo para o funcionário", pondera o empresário Carlos Magno Perígolo.

Célio de Oliveira Miranda, proprietário do Supermercado União, também opina favorável ao fechamento aos domingos. Ele afirma que há três anos deixou de abrir o estabelecimento aos domingos e, não percebe nenhuma diferença no faturamento da empresa e, sim, percebe a alegria dos funcionários que passam o fim de semana ao lado da família. "Quem fala que não é possível manter os funcionários está enganado. No meu caso, aumentei o quadro de pessoal e estou muito feliz com o rendimento, retorno financeiro e não trabalhando aos domingos", considera Célio de Oliveira.

É aguardada para semana que vem a manifestação do Prefeito Nailton Heringer se irá vetar ou sancionar a lei aprovada na Câmara. Enquanto isso, prefeitura promove enquete em seu site e em pontos de votação na cidade.

Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com

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