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Ortopedistas decidem atender apenas urgências em Manhuaçu

14/01/2015 - Atualizado em 14/01/2015 16h58

Reunião no Ministério Público foi nesta segunda

MANHUAÇU (MG) - Para a busca de solução e até mesmo resolver o impasse envolvendo os médicos ortopedistas, que decidiram, desde o dia 10 de janeiro, atender somente casos de urgência. O provedor do Hospital Cesar Leite, Sebastião Onofre de Carvalho procurou a 4ª Promotoria de Justiça, acompanhado pela Diretora Administrativa do HCL, Ana Lígia de Assis, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Nelson de Abreu e o conselheiro Marivaldo Anselmo, para juntos, passarem as principais informações a respeito da situação no atendimento dos plantões da Ortopedia/Traumatologia do Hospital Cesar Leite.

Durante uma hora e meia, o grupo expôs a preocupação quanto ao posicionamento dos ortopedistas que decidiram limitar o atendimento, por estarem recebendo aquém do esperado ao assumirem muita responsabilidade nos casos de alta complexidade. Nos ofícios enviados pelos profissionais ao provedor, eles reivindicam equiparação do valor do plantão igual aos obstetras.

Os representantes do Hospital Cesar Leite, Sebastião Onofre de Carvalho e Ana Lígia, bem como os membros do Conselho Municipal de Saúde, Nelson de Abreu e Marivaldo Anselmo,  disseram à Promotora de Justiça e Curadora da saúde no município, Dra. Marina Brandão Póvoa, que o atendimento passou a ser feito somente em casos de urgência ortopédica, que são as fraturas expostas, luxações, fraturas supracondilianas em crianças, artrites sépticas, síndrome compartimental aguda e fraturas de fêmur em idosos.

De acordo com Marina Brandão Póvoa, muitas coisas precisam ser regulamentadas, principalmente o acompanhamento a ser feito por uma equipe de auditores, com o objetivo de entender como está o atendimento na área da saúde no município. Marina também sugeriu o aprimoramento da Auditoria da Secretaria Municipal de Saúde para averiguar todas essas situações. "Estarei averiguando e, realizando uma análise desses casos de urgência/emergência. Quanto a situação do atendimento, caberá ao diálogo entre a provedoria e os ortopedistas", ressaltou a promotora Marina Brandão.

O provedor do HCL, Sebastião Onofre de Carvalho, aguarda que a promotoria possa estar avaliando a situação que foi apresentada e, até mesmo o que foi repassado pelos representantes do Conselho Municipal de Saúde, que solicitaram junto ao Ministério Público Estadual ajuda às pessoas que ficam um bom tempo na espera por atendimento. "Os ortopedistas querem um valor considerável e, infelizmente o hospital não tem como pagar", reiterou Sebastião Onofre de Carvalho.

CONSELHO DE SAÚDE TAMBÉM SE REUNIU
 

Na semana passada, o Conselho de Saúde se reuniu com a presença do secretário Municipal de Saúde, José Rafael de Oliveira Filho, do provedor do Hospital Cesar Leite, Sebastião Onofre de Carvalho, membros da diretoria e conselheiros de saúde. Os ortopedistas foram convidados, mas não compareceram ao encontro para discutirem o problema.

A pauta do encontro foi a situação vivenciada quanto ao impasse e a decisão dos médicos ortopedistas, que atendem pelo SUS no Hospital César Leite, que decidiram em não atender nenhum caso de Ortopedia/Traumatologia, por entenderem que a remuneração não traz motivação para atuarem nos casos de alta complexidade. Agora, eles querem a equiparação do valor do plantão com os obstetras, por compreenderem que a função é de extrema importância e, que as horas trabalhadas são as mesmas.

Desde o dia 10 de janeiro, o atendimento passou a ser feito somente em casos de urgência ortopédica, que são as fraturas expostas, luxações, fraturas supracondilianas em crianças, artrites sépticas, síndrome compartimental aguda e fraturas de fêmur em idosos. Os demais pacientes passarão pela avaliação ambulatorial de rotina e serão encaminhados para cadastramento no SUS Fácil. De acordo com o comunicado enviado pela equipe, cada caso será avaliado individualmente para evitar desencontros de informações.

REAÇÃO

A decisão dos médicos ortopedistas em atender somente casos de urgência/emergência ocasionou reação do Conselho Municipal de Saúde, que convocou a reunião para saber o que pode ser feito, no sentido de evitar que a situação continue deixando pessoas que estão aguardando procedimento cirúrgico em apuros.

De acordo com Sebastião Onofre de Carvalho, durante diálogo, houve, por parte da equipe do HCL, oferecimento de melhor remuneração para igualar o plantão da ortopedia com o plantão da clínica cirúrgica, passando o valor mensal do plantão de R$ 25 mil para R$ 36.600. Os ortopedistas analisaram a proposta feita pela Administração do Hospital Cesar Leite, e informaram que a proposta ficaria muito aquém dos valores solicitados por eles, para manter o plantão nos moldes atuais. "Os ortopedistas reclamam do aumento de pacientes vindos do SUS.

"Para sanar a situação, tentamos adicionar mais R$ 1.900 no vencimento dos profissionais, porém, não aceitaram. O hospital não tem recurso para atender à reivindicação dos ortopedistas", explicou o provedor do Hospital.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Nelson de Abreu, também demonstrou preocupação com a situação.

Com informações da Secretaria de Comunicação Social

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