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Filho abandona mãe e família a encontra em Manhuaçu

17/01/2015 - Atualizado em 17/01/2015 10h57

MANHUAÇU (MG) - Uma história triste de abandono teve final feliz na manhã deste sábado, 17/01, em Manhuaçu. O filho deixou a mãe, de 79 anos, que tem Alzheimer, numa parada de ônibus em Realeza. Depois de ouvirem a notícia no rádio, familiares foram ao encontro da aposentada.

A Polícia Militar foi chamada por funcionários do ponto de apoio da Viação São Geraldo em Realeza. Eles contaram que a mulher foi deixada sozinha no local. Passageiros do ônibus contaram que foi embarcada em Guarapari com por rapaz que dizia ser o filho dela.

Nos documentos que ela portava, a Polícia Militar apurou que Dona Terezinha Rosa Luiz era natural de Simonésia. O fato também foi comunicado através dos meios de comunicação. A irmã de Terezinha, que mora em Manhuaçu, ouviu a notícia na Rádio Manhuaçu e foi atrás dela.

“Levei um susto quando ouvi o nome da minha irmã na rádio, pois ela mora em Cariacica, com um filho que toma conta dela. Não podia acreditar que ela estava abandonada em Realeza, não era possível”, conta chocada Dona Glorinha.

Após fazer contato com a polícia, os familiares foram orientados a se dirigirem para o 11º Batalhão. Uma viatura trouxe a aposentada para Manhuaçu.

O reencontro foi emocionante. Em lagrimas, as duas se abraçaram longamente. Dona Terezinha, pouco falava, até mesmo devido ao estado debilitado de saúde.

Sargento Valnício e Soldado Gomes, que registraram a ocorrência, conversaram com o filho de Terezinha, por telefone.

Durante o reencontro, ele ligou para a tia para avisar que a mãe estava numa casa de repouso em Cariacica (ES) e que ela não precisava se preocupar. Quando na verdade, Dona Terezinha estava em Manhuaçu e havia sido deixada à própria sorte em Realeza.

Sargento Valnício explicou que o caso vai ser passado para o Polícia Civil. “Registramos a ocorrência como abandono, pois ela foi embarcada no Espírito Santo sozinha, com a promessa de que alguém estaria a esperando, pois devido à idade avançada, ela nunca poderia ter viajado sozinha. Durante a conversa com ele, o filho se referia à mãe, como ‘essa mulher’. Como um filho trata a mãe dessa forma, além do abandono físico, estamos notando também um abandono emotivo e tudo isso será registrado e passado para a Polícia Civil”, finaliza.

Dona Glorinha disse que há poucos dias esteve visitando a irmã, no Espírito Santo, notou indícios de maus tratos e já estava providenciando um meio de trazê-la para Manhuaçu, onde ficaria mais pertos dos familiares.

Jailton Pereira - portalcaparao@gmail.com

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