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Segurança

Caminhoneiros fecham as BRs-262 e 116 em Realeza em protesto

24/02/2015 - Atualizado em 24/02/2015 10h21


REALEZA / MANHUAÇU (MG) - Mais uma rodovia mineira foi fechada, nesta segunda-feira (23), por caminhoneiros. Nesta noite, o trecho do km 50 da BR-262, em Realeza, próximo ao trevo com a BR-116 também foi fechado.  No total, já são dez trechos interditados pelos manifestantes. A fila de caminhões parados aumenta a cada hora, especialmente no sentido Manhuaçu.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), carretas e caminhões estão sendo parados nos acostamentos das rodovias. O protestou em Minas Gerais começou no domingo (22) devido ao valor elevado do diesel, ao baixo valor do frete e pela longa jornada de trabalho imposta à categoria.

Em todos os trechos afetados pelo protesto, as carretas e os caminhões estão sendo impedidos de passar. Carros de passeio, motocicletas, ambulâncias e demais veículos circulam nas rodovias. Mesmo assim, de acordo com a PRF, as intervenções causaram congestionamento de quilômetros nestas regiões.

Em Realeza, muitos veículos passaram sem problemas e sem atrito com qualquer caminhoneiro. Vans de estudantes que retornavam de faculdades, ônibus e veículos de passeio seguem normalmente.

Reivindicação

Os caminhoneiros apresentam três reivindicações. A primeira é em relação ao valor do Diesel. "O combustível não pode comprometer mais do que 40% do nosso orçamento. E ele tem comprometido cerca de 70%", disse o caminhoneiro Carlos Henrique Anselmo, um dos participantes do movimento.
    
A outra é o baixo do valor do frete. Segundo o caminhoneiro autônomo Renato Martins de Almeida, que também participa do protesto, pedágio e abastecimento ficaram mais caros, mas o frete permanece o mesmo. "Não estamos tendo lucro suficiente", lamentou.

A terceira reivindicação se refere a Lei 12.619 de 2012, que estipula normas trabalhistas para caminhoneiros. Uma delas determina que eles circulem apenas oito horas por dia. "Não nos dão condições de ter que parar na estrada a cada 8h. Além disso a viagem vai ficar mais longa e não querem aumentar nosso salário pra isso", afirmou Renato.

Carlos Henrique Cruz - Fotos Thiwharley Câmara e Júlio Caetano - Com informações do Jornal Hoje em Dia

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