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Senar inicia curso técnico de agronegócio em Manhuaçu

04/03/2015 - Atualizado em 04/03/2015 08h41
 

MANHUAÇU (MG) - Quarenta e nove alunos de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, iniciaram, neste sábado (28), o Curso Técnico em Agronegócio, oferecido pelo Senar Minas dentro da Rede e-Tec, do governo federal, na modalidade a distância, no polo de Manhuaçu. Com o objetivo de facilitar o acesso ao ensino técnico, o Senar espera melhorar a qualidade de vida do Brasil rural e contribuir para evitar o êxodo para os grandes centros. Na aula inaugural deste sábado, no Centro Educacional de Manhuaçu (CEM), participaram representantes do Senar Minas e do Sindicato de Produtores Rurais de Manhuaçu.

Manhuaçu é uma das 20 unidades estruturadas em oito estados: Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Sergipe. Todas possuem infraestrutura física, tecnológica e professores, além de salas de aula e videoconferência, laboratórios de informática e bibliotecas. Em Minas Gerais, há ainda dois outros polos em Contagem e Sete Lagoas. Os polos de apoio presencial estão instalados em regiões que concentram grande número de propriedades rurais e têm a sua economia baseada, principalmente, na agropecuária.

Para a gerente regional do Senar Minas, Silvana Novais, esta é uma oportunidade para as pessoas se engajarem no meio rural. “É muito bom ter o retorno de vocês, ver que estão crescendo junto conosco. A cada dia o Senar Minas se desenvolve e lança algo novo, mas temos que ter a confiança das pessoas para poder alcançar e aumentar o nosso propósito, melhorando o meio rural”, destacou. Silvana lembrou que o Senar está à disposição dos alunos, inclusive para receber a avaliação deles sobre o curso e o material didático.

Esta é a primeira vez que o curso técnico é oferecido pelo Senar Minas, na modalidade a distância. “A importância do curso técnico é tão grande para a região que, quando saiu a Rede e-Tec, o sindicato foi o primeiro a pedir. Nós temos interesse que o agronegócio se expanda e o curso irá facilitar o acesso ao estudo. O fato de haver pessoas de lugares distantes mostra que o curso foi aprovado. É gratificante. O sindicato agradece a todo o sistema”, afirmou o presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Manhuaçu, Lino da Costa e Silva.

Também esteve presente na abertura da aula inaugural a mobilizadora Isaura Paixão, que divulgou os cursos realizados pelo sindicato em parceria com o Senar Minas e também o Simpósio sobre Cafeicultura das Matas de Minas, a ser realizado entre os dias 17 a 20 de março, no Parque de Exposições, em Manhuaçu.

Flexibilidade e aprendizado

A possibilidade de aprender, de graça, no horário e local que escolher, foi um fator decisivo para a funcionária pública da área da Educação em Martins Soares (MG), Jucimara Loubak, de 44 anos. Formada em Administração, ela acredita que o curso técnico irá complementar a sua formação. “A importância do agronegócio, que tem uma representação significativa no nosso PIB, e também a realidade onde vivemos me motivaram a fazer a inscrição. Sou filha de produtor rural, gosto muito da área. Sempre que posso, participo de algum curso que tem algum tema relacionado ao agronegócio, à agricultura familiar. Eu gosto de interagir nesse meio e visualizo trabalhar na área. Quem sabe até mesmo trabalhar com o Senar”.

Já André da Silva Barreiros, de 28 anos, de Nanuque (MG), formou-se em Agronomia em 2010 e atualmente trabalha em um setor de uma destilaria de álcool. “Optei pelo curso técnico motivado pela metodologia e material didático do Senar, que já conheço e confio. A versatilidade do horário ajudou muito. Se o curso fosse presencial, provavelmente eu não faria, mas como é EaD fica mais fácil e prático. O curso vai abrir um leque de possibilidades e é uma oportunidade de adquirir mais conhecimento”, comentou. André foi selecionado para ser instrutor do Senar na área de mecanização agrícola e está tomando as últimas providências para começar. “A cana de açúcar é forte na região e há demanda pela mecanização”, contou.

Márcio Castro Lobato, de 59 anos, é de Vitória (ES). Formado em Comunicação com pós-graduação em Logística, ele também é produtor rural. Possui uma propriedade em Muniz Freire (ES), onde trabalha com pecuária leiteira e vende para cooperativas. “É uma área nova e que acredito que irá complementar as minhas habilidades”, disse sobre a escolha pelo curso técnico.

Conciliar o trabalho no comércio varejista em Manhuaçu com as aulas aos sábados será um desafio para Rodrigo Dalpério Martins, de 30 anos, mas a comodidade de poder ter aulas a distância foi primordial. “Fiz curso técnico em Segurança do Trabalho, mas não exerço. Minha avó deixou um sítio de herança voltado para leite e café. O curso vai me ajudar a entender sobre a área”, complementou. Futuramente, ele não descarta a possibilidade de trabalhar no setor.

A estudante de Biomedicina Amanda Viana Braga, de 20 anos, vai se formar em meados deste ano e pretende cursar Veterinária posteriormente. Filha de produtor, ela enxergou no curso técnico em Agronegócio a possibilidade de aprender sobre administração rural. “Também funciona como atividades complementares ao meu curso e possibilita que eu conheça outras áreas e culturas”, explicou.

O curso

A Rede e-Tec Brasil é um programa do Ministério da Educação - MEC instituído pelo Decreto nº 7.589, de 2011. Esta ação faz parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC, cuja principal finalidade é promover de maneira democrática o acesso à Educação Profissional e Tecnológica (EPT), beneficiando-se das possibilidades de alcance e estratégias metodológicas da Educação a Distância (EaD).

A maioria das aulas do curso de Agronegócio é a distância, mas com encontros presenciais ao longo dos semestres e calendário definido nos polos. As atividades a distância serão mediadas pelo tutor no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Os alunos também recebem materiais de apoio, como DVD com videoaulas e apostilas impressas de cada disciplina. As atividades presenciais acontecem nos polos de apoio presencial e nas saídas de campo, ambas com supervisão da tutoria presencial. O curso tem duração de 1.230 horas em dois anos.

No sábado, a assistente da Assessoria Pedagógica Aline Aparecida Silva Caetano explicou sobre o curso no AVA. “É uma oportunidade para o aluno, que terá flexibilidade e comodidade para os estudos. As aulas presenciais, com a participação dos tutores, será aos sábados, considerando que grande parte dos alunos trabalham ou têm outras atividades no decorrer da semana”, explicou.

Neste primeiro semestre, haverá aulas de Informática, Português Instrumental, Matemática Básica e Financeira, introdução ao Agronegócio, Administração Rural e Técnicas de Produção Vegetal. No sábado, os alunos conheceram a equipe que está à disposição nas aulas presenciais no Centro Educacional de Manhuaçu (CEM), na Alameda Doutor Eloy Werner, 211, no Bairro Alfa Sul. Segundo o diretor do CEM, Walter Vargas Júnior, esta é uma parceria de fortalecimento tanto para o CEM quanto para o Senar.

Assessoria de Imprensa

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