Sucesso do Seminário Novo Olhar

Em parceria com a Superintendência Regional de Ensino e a Secretaria de Educação de Manhuaçu, a APAE promoveu mais uma ação do Projeto Novo Olhar. Mais de 350 professores das redes municipal e estadual de ensino participaram de num seminário sobre “O conceito neuropsicológico e a experiência do lúdico na Educação”, com quatro palestras e um amplo debate sobre o atendimento educacional aos portadores de deficiência.

A primeira palestrante do seminário foi com a psicóloga Mirian Fumian Bouzada. Ela tratou de um dos temas que mais suscita questionamentos dos professores, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Miriam explicou que este tipo de transtorno é caracterizado, basicamente, por distração, inquietação e uma dificuldade com o controle inibitório manifestado por impulsividade comportamental e cognitiva. “Afeta entre 3 e 7% das crianças em idade escolar.

O diagnóstico é clínico, de acordo com critérios do DSM-IV (traduzido do inglês: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), é um processo que requer a avaliação de diferentes profissionais: médicos, psicólogos, psicopedagogos, neuropsicólogos, fonoaudiólogos”, disse Miriam, informando que o tratamento abrange abordagens múltiplas, envolvendo intervenções psicossociais e também psicofarmacológicas.

O gerente de ações de aprendizagem da APAE Belo Horizonte, Idelino Júnior Alves, apresentou palestra que tratou do tema “O Lúdico e a Aprendizagem”. Segundo ele, a questão do brincar faz muita diferença no ensino com os portadores de deficiência: “Estamos numa realidade em que é muito difícil o processo educativo. Essa carência surgiu porque perdemos o foco da educação que é o sujeito. O lúdico ajuda justamente a resgatar o sujeito, a pessoa. Fazendo isso conseguimos promover uma aprendizagem mais significativa”, ressaltou.

O Atendimento Educacional Especializado foi tema da terceira palestra, apresentada pela pedagoga da Superintendência Regional de Ensino de Manhuaçu, Fátima Gonçalves de Souza Costa. “Temos que conscientizar aos professores de que esses alunos que vão estar na rede pública no próximo ano e precisam ser recebidos com a mesma forma de outros alunos. O evento foi maravilhoso. Aqui temos muitos professores que estão dispostos e realmente se preparando”, avaliou.

Uma das professoras da rede municipal de Manhuaçu, Magali Gomides, explica que o seminário foi muito útil para resolver dúvidas dos educadores. “Podemos observar que estamos indo no caminho certo. Vamos buscando aprender, entender e participar melhor do aprendizado dessas crianças. Aqui foi importante para tirarmos algumas dúvidas e ver que não é tão complicado como anunciam por aí”, resumiu.

O médico neurologista, Dr. Alex Nagem Machado, apresentou uma aula sobre Distúrbios da Infância. “Eu achei muito válida a experiência. A palestra abrangeu um público bem heterogêneo de professores, pedagogos, psicólogos e pais. Foi importante para tirar dúvidas, definir protocolos, facilitar acesso do paciente a tratamentos. O mais importante é descobrir o paciente na escola ou na sociedade, tratá-lo precocemente e reintroduzi-lo da forma mais justa na sociedade novamente”, garantiu.

SUCESSO

O “Novo Olhar” foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, formada pela psicóloga Renata Von Randow; as assistentes sociais Débora Vargas Perim e Karina; a fisioterapeuta Aline Taveira Mayrink; e a fonoaudióloga Carla Bittencourt Silva.

Segundo o presidente da APAE, Luiz Carlos de Carvalho, os profissionais surpreenderam, pois fizeram um trabalho muito bem feito no projeto Novo Olhar. Ele agradeceu a todos os participantes, o apoio da equipe de funcionários e da diretoria e os palestrantes.

Carlos Henrique Cruz - portalcaparao@gmail.com