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Segurança

Bandidos roubam caixa eletrônico

12/06/2012 - Atualizado em 12/06/2012 13h02

O roubo a caixas eletrônicos do Banco do Brasil num centro comercial de Ponte Nova, registrado na madrugada de sexta, 08, parece história retirada de filme. Toda a ação foi meticulosamente planejada.

Segundo o porteiro do prédio, cuja garagem serve também para os hospedes de um hotel, no bairro Palmeiras, por volta de meia-noite, um Uno Mille prata parou em frente à garagem. Normalmente, por segurança, o porteiro não tem contato com o motorista.

Os bandidos pensaram num modo de rendê-lo. Um passageiro desembarcou foi até o porteiro e falou que era hospede do hotel.

Gordo, cor morena, cabelo liso curto, trajando camisa azul, bermuda e chinelo, ele usava uma muleta e tinha ataduras na perna. Chegou perguntando pelo porteiro Geraldo, que não estava trabalhando, mas deu a entender que já era conhecido dele. Tudo era parte do disfarce. Em seguida, pediu para entrar pelo acesso principal, já que estava com a perna machucada. Abriu a garagem e os outros dois entraram com o carro.

Os comparsas chegaram na portaria e anunciaram o assalto. Um deles era moreno alto, cabelo crespo e o outro magro de rosto fino, pele negra, trajando uma calça do time do Corinthians. Eles fizeram várias perguntas sobre o funcionamento do sistema de iluminação do edifício e do monitoramento de vídeo, a abertura do portão e o horário de entrada e saída dos funcionários e hóspedes.

Enquanto o primeiro ladrão dispensou a muleta e retirou as ataduras, um segundo veículo chegou. Era um Gol com mais três bandidos.

PORTEIRO FALSO

Um dos ladrões era um homem de aproximadamente 55 anos, usando boné. Ele obrigou o porteiro a tirar o uniforme de trabalho e passar para ele. No Gol, estavam equipamentos como maçarico e ferramentas de corte.

Eles desceram para a área dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil, quebraram as câmeras e colocaram uma lona preta no vidro, dando a entender que faziam uma manutenção no local.
Durante a ação dos assaltantes, um médico que saia do prédio foi rendido pelos autores e amarrado a uma cadeira na sala de café. Algumas ataduras utilizadas como disfarce foram utilizadas para amarrar as vitimas.

Com o maçarico, composto por um bico de chama, um cilindro de oxigenio e outro de acetileno, além de alavancas de ferro, chaves de fenda, alicate, marretas, talhadeiras e extintores de incêndio, os autores abriram uma fenda em um dos caixas eletrônicos. A quantia em dinheiro levada não foi divulgada pelo banco.

Como fazia muita fumaça, os ladrões fizeram uma fogueira com papelão na rua de acesso ao prédio. Era um modo de encobrir o que realmente acontecia no interior do centro de compras.

FILHA DO PORTEIRO

A filha do porteiro e o namorado apareceram durante a ação dos autores. Ela queria usar o banheiro. Os bandidos levaram o pai até a portaria e tentaram fazer com que eles entrassem. A jovem e o rapaz notaram a fumaça e viram que havia algo errado.
Eles saíram à pé em direção a uma grupo de amigos e notaram que mais dois bandidos estavam do lado de fora do centro comercial. Eles davam cobertura para a quadrilha e tentaram persegui-los. Um chegou a dizer para o outro atirar neles.

Quando os autores perceberam que os jovens haviam escapado e provavelmente iriam acionar a policia, apavoraram-se e resolveram deixar o local rapidamente. Eles fugirama nos dois carros e deixaram os equipamentos utilizados no roubo. O maçarico e as outras ferramentas aparentam ser novos. Não tinham sinais de uso.

CERVEJINHA

Antes de sair, os ladrões deixaram a quantia de 37 reais em cima do balcão da recepção do prédio, dizendo para o porteiro que era pra ele tomar uma cerveja. No total, havia oito bandidos: três ficaram vigiando o porteiro e o médico, três nos caixas eletrônicos e dois do lado de fora.

As imagens de toda a ação foram gravadas pelo circuito interno e foram entregues à polícia. O grupo fugiu em direção a rodovia de acesso a Rio Casca, mas apesar do cerco não foi localizado.

Carlos Henrique Cruz - Com foto do Unidade Notícias - Ponte Nova

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