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Dengue: Manhuaçu tem 15 casos e risco de epidemia

14/05/2015 - Atualizado em 14/05/2015 18h22

MANHUAÇU (MG) - O Conselho Municipal de Saúde recebeu os conselheiros para mais uma reunião ordinária. O encontro aconteceu no auditório da Secretaria de Saúde, nesta quarta-feira, 13/05. A situação da dengue em Manhuaçu, onde foram registrados de janeiro até 10 de maio 15 casos confirmados e, a 15ª Conferência Nacional de Saúde, além de vários outros temas foram debatidos na reunião.

Risco de epidemia de dengue

O Conselho Municipal de Saúde de Manhuaçu recebeu a coordenadora de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Emilce Estanislau, para informar a situação da dengue no município. Emilce disse que embora o município tenha registrado de janeiro a maio deste ano 15 casos de dengue, com cerca de 149  notificações de casos suspeitos, há o risco de uma epidemia tendo em vista que a população de mosquito Aedes aegypti tem aumentado.

Emilce Estanislau informou o resultado do último Levantamento de Infestação por Aedes feito na cidade, o chamado LIRAA. A incidência de infestação chegou a 3,1%, quando no penúltimo levantamento realizado, em março, o número estava em 3,2% (considerado de médio risco pelo Ministério da Saúde).

Os bairros onde há mais preocupação por parte da Secretaria de Saúde são aqueles localizados na região de saída da cidade, com destaque para Santa Terezinha, onde o índice de infestação chegou a 6,8%. Santana, Matinha e Engenho da Serra, também preocupam. Também há preocupação com o Coqueiro, por conta de alguns moradores terem contraído a doença. No local há um grande fluxo de estudante da cidade e região.

Nos distritos a preocupação é com o Distrito de Realeza, onde passam todos os dias centenas de pessoas, inclusive de locais onde há registro de epidemia de dengue (Rio de Janeiro, São Paulo e Sul de Minas). Conforme Emilce Estanislau estão sendo desenvolvidas ações de combate aos focos em todas as paradas de ônibus existentes naquele distrito.

Fortalecimento do Cous

Foi solicitado aos conselheiros que valorizem as reuniões locais dos conselhos de unidades de saúde (COUS), onde são discutidos os temas de interesse da comunidade, posteriormente encaminhados para o Conselho de Saúde. As reuniões devem ser realizadas com a frequência necessária e sempre com a participação dos conselheiros. A unidade de saúde deve oferecer toda a estrutura necessária, pois sem as reuniões não existe controle social.

15ª Conferência Nacional de Saúde

Com o tema “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro”, será realizada nos dias 23 a 26/11, a 15ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília.  A etapa municipal, em Manhuaçu, será uma Plenária, pois o município já realizara a Conferência recentemente. A data definida para o Plenária é 11 de julho. Foi formada uma comissão para organizar o evento.

Comissão para Relatório de Gestão

Os conselheiros Nelson de Abreu, Maria de Fátima Mayrinck, Ana Lígia de Assis, Marivaldo Anselmo e José Rafael, formarão a comissão para acompanhar o desenvolvimento do Relatório de Gestão da Secretaria de Saúde.

Falta de vacina contra a gripe

O Conselho de Saúde cobrou explicações do motivo da falta de vacinas contra a gripe em várias unidades de saúde em pleno período de campanha realizado desde o dia 4 de maio até 22 do mesmo mês. Muitas pessoas foram até as unidades e tiveram que voltar porque as vacinas haviam acabado. A reposição foi feita, mas o fato não pode se repetir, disseram os conselheiros. Serão encaminhados ofícios para a Secretaria de Saúde e Gerência Regional de Saúde, em Manhumirim.

Rampa na Casa Azul

Conselheiro Jadir voltou a falar sobre a necessidade de abertura de um portão que dá acesso a uma rampa na policlínica Casa Azul, o que vai facilitar para os enfermos e idosos. O problema já foi apresentado, mas não se teve solução até o momento. Também foi questionado pelo conselheiro o atendimento prestado no Setor de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), onde pessoas da área rural, mais distantes, tentam conseguir informações por telefone e não conseguem.

Lixo nas comunidades rurais

Também foi solicitada a melhoria do recolhimento de lixo na zona rural com citações de problemas na Taquara Preta e Palmital, onde o lixo tem ficado exposto por muito tempo, aumentando a proliferação de mosquitos e outros insetos.

Demora no atendimento

O conselheiro Nelson de Abreu cobrou mais agilidade no atendimento a pessoas idosas. Há poucos dias, uma mulher de 99 anos, aguardou cerca de 3 horas para receber uma sonda. “Estes entraves não podem acontecer, pois os pacientes nesta situação têm a saúde muito debilitada”, disse Abreu.

Luiz Nascimento - portalcaparao@gmail.com

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