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Segurança

Rapaz com perna quebrada recusa atendimento e vai para casa

02/07/2015 - Atualizado em 02/07/2015 07h57

MANHUAÇU (MG) - Um fato incomun aconteceu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manhuaçu, no final da tarde do último sábado, 27/06. Rapaz teve a perna quebrada e não quer atendimento.

A Polícia Militar foi acionada pelas enfermeiras Gilmara de Paiva e Magna Lúcia solicitando que uma equipe comparecesse à Unidade de Pronto Atendimento a fim de registrar uma ocorrencia.

A equipe policial, acompanhada pelo Subcomandante do Policiamento na cidade, Tenente Luiz Hott, se deparou com um fato incomum, principalmente nos dias de hoje, onde a população clama por atendimento médico. “Quando fomos acionados, nunca imaginávamos que a situação era esta, pensei que no mínimo era um paciente ou familiar brigando para ser atendido ou algo semelhante. Mas nos deparamos com uma situação contrária, a UPA tem o serviço, a pessoa se encontra com um ferimento grave e recusa o atendimento”, disse.

Segundo o oficial, o registro da ocorrência foi uma medida de segurança. “Nós realizaremos o registro para resguardar a integridade da UPA e dos atendentes, caso algo venha acontecer com este paciente e por algum motivo queiram transferir a resposabilidade para a UPA de Manhuaçu”, finaliza Tenente Luiz Hott.

No relatário médico, consta que o jovem de 21 anos, morador de Caputira, possui uma fratura grave no femur, que segundo ele, aconteceu há cerca de 30 dias. O médico que atendeu o paciente disse que a fratura aconteceu num membro já fraturado anteriormente, o que complica ainda mais a situação. Para agravar ainda mais a situação do paciente, foi diagnosticado que o ferimento aberto ja está infeccionado e gerando secreções.

Tanto enfermeiras da emergência Gilmara Paiva e Magna Lúcia, como os demais funcionários da UPA, tentaram de todas as formas que o rapaz aceitasse o atendimento, mas mesmo assim ele o recusou. “Explicamos pra ele da garvidade do quadro dele, que o risco que ele corre é o de perder não somente a perna, mas pode perder a vida. Mesmo assim ele insiste em ir embora”, disse Gilmara.

Em conversa com o paciente o Tenente Luiz Hott explicou que o mesmo relatou que não queria atendimento e nem permanecer naquele local. “O cidadão Alex Custório de Carvalho, não é menor de idade, incapaz, se apresentava lúcido, orientado. Diante da situação foi feito um termo de responsabilidade, o qual foi assinado por Alex e o mesmo liberado”, completa.

Jailton Pereira - jailton@portalcaparao.com.br

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