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Professora Márcia Ambrósio lança seu novo livro

16/08/2015 - Atualizado em 16/08/2015 09h12

Professora Márcia Ambrósio

 

MANHUAÇU (MG) - Saber, conhecer, avaliar, por que? Em seu novo livro, em lançamento, a Professora Márcia Ambrósio responde estas e outras perguntas.

O primeiro lançamento do livro "Avaliação, os registros e o portfólio: ressignificando os espaços educativos no ciclo das juventudes", na Câmara Municipal de Chalé. A autora do livro, a Professora Márcia Ambrósio é Dra. em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais e Professora Adjunta da Universidade Federal de Ouro Preto.

Nesta semana a autora realizou encontros na região. Houve uma roda de conversa e o lançamento no livro, no Manhuaçu Shopping, organizado pela Superintendência de Ensino.

No mesmo dia, à noite, houve o lançamento do livro em São João de Manhuaçu, para os profissionais da Escola Municipal Dona Durvalina, escolas da zona rural e profissionais da Rede Estadual. Este evento está sendo organizado pela Secretaria Municipal de Educação de São João de Manhuaçu.

História da professora Márcia Ambrósio

A Professora Márcia Ambrósio nasceu na cidade de Chalé e fez o magistério em Lajinha. Começou sua docência dando aulas na zona rural, num distrito de Chalé, chamado Coco. Sua docência sempre esteve focada numa concepção aberta e dialógica de ensino visando a conscientização e participação dos sujeitos aprendentes no mundo. As dificuldades reais da docência vivida naquele momento (transporte, moradia, de recursos pedagógicos e de falta de bagagem profissional) não tirou da professora Márcia o desejo de investir no desenvolvimento da carreira docente, transformando os limites em oportunidades criativas.

Entre o desejo de fazer um bom trabalho e os limites das situações reais e inesperadas, elaborava uma maneira possível, real e criativa de enfrentamento da prática pedagógica diante da situação nova e da ansiedade de desempenhar de maneira competente a profissão.

As experiências pessoais, como líder religiosa, como educadora na zona rural vividas em Chalé e das construídas em Belo Horizonte, na Universidade Federal de Minas Gerais, como recreadora de crianças, jovens, adultos e idosos, professora de educação física, formadora de professoras no Centro de Formação dos Profissionais de Belo Horizonte – CAPE –,membro do Conselho de Educação da Rede Municipal de Belo Horizonte – CME/BH –, integrante da equipe executiva do Conselho da Criança e do Adolescente da PBH – CMDCA/BH –, professora no projeto Veredas, pesquisadora na UFMG (na elaboração da dissertação de mestradoe doutorado), professora de didática de licenciatura na FAE/UFMG,professora de um Curso de Pedagogia a distância da Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFMG, e, atualmente, professora Adjunta da Universidade Federal de Ouro Preto dentre outras atividades.

Suas experiências foram sendo transformadas em linguagem acadêmica, revelando as dimensões ideológicas, epistemológicas, técnicas, pedagógicas dentre outras. Experiências que, entrelaçadas às memórias, foram gerando formas diferenciadas de ações políticas, recuperando, no tempo-espaço de vida dos sujeitos, histórias submersas e/ou silenciadas.

Entre muitos limites, mas acima de tudo possibilidades criadas, a professora Márcia Ambrósio, foi vivendo e escrevendo sua história docente. Uma história ainda em construção, mas que revela que é possível viver uma docência exitosa. Parte das experiências vividas com seus alunos está disponível em duas obras publicadas pela Editora Vozes: "O uso do portfólio no ensino superior" (2013) e o Avaliação, os registros e o portfólio: ressignificando os espaços educativos no ciclo das juventudes (2015).

Avaliação, os registros e o portfólio

No novo livro "Avaliação, os registros e o portifólio", a autora mostra não um modelo um modelo avaliativo a ser seguido, mas experiências que foram vividas, sendo potencialmente capazes de instigar novas propostas. A avaliação pelo prisma da pedagogia diferenciada deve ser vista não pelo aspecto isolado do resultado, mas tendo como referência as cenas do trabalho pedagógico observando os registros que os atores produziram, construídos em espaços diversificados e alternativos, por docentes e discentes, incorporados de sentidos e significados. 

Assim o portfólio pode ser usado como instrumento avaliativo capaz de verificar as possibilidades de aprendizagens significativas, estimulando o compartilhamento de práticas exitosas, dando visibilidade para ações e práticas pedagógicas inovadoras dentro do contexto escolar, no ciclo da juventude, potencializando o uso das múltiplas linguagens, dos diferentes tempos e espaços e da autoavaliação.

Por fim, pode-se perceber que a construção real de um projeto político pedagógico mais coerente com a transformação social, capaz de garantir uma educação libertadora, democrática e inclusiva, depende intrinsecamente da cultura avaliativa vivida; revelada por processos metodológicos processuais e registros diversificados, capazes de dar visibilidade ao conteúdo da matéria e do sujeito, sendo os estudantes escritores ativos e criativos de/na sua própria história.

Ao confeccionar o portfólio de trabalho, os sujeitos passam a dispor de excelente material para reflexão durante o processo de aprendizagem, porque contam com registros falados e escritos que lhes possibilitam refazer as ações. Registros dessa natureza conduzem à retomada do processo e à formulação de conclusões.Esse é o caminho da avaliação formativa.

Outras publicações da professora Márcia, tais como videoaulas, exemplos de práticas exitosas, produções elaboradas por seus alunos podem ser encontradas nos seguintes endereços eletrônicos:

Blog: http://portfoliodeaprendizagem.blogspot.com.br/

Canal no Youtube: https://www.youtube.com/user/marciaambrosior/videos

Facebook: https://www.facebook.com/portfolionoensinosuperior

A professora Márcia Ambrósio defendea ideia de que a escola ideal é uma utopia possível se desejada pelo corpo docente da escola, buscando refletir a própria prática por meio de ações efetivas e colaborativas no sentido de alterar tempos/espaços educativos, (re)organizar o currículo,  valorizar o professor e implementar uma concepção ativa/participativa de ensino/aprendizagem. Entretanto, destaca que este não é um caminho tranquilo, pois que é preciso alterar as velhas fórmulas (enraizadas) de fazer os estudantesresponderem de acordo com o que o professor espera, de serem disciplinados, no sentido da disciplina alienante, aquela que o sujeito se subordina à lei e não tem possibilidade de escolhas.

É neste sentido que a autora temconvidado seus alunos e aos docentes das Minas Gerais e do Brasil para o despertar de uma docência que seja capaz de concretizar uma pedagogia diferenciada, alegre, inovadora e criativa.

Próximas agendas:

17 de agosto, às 17h30, naE.E. Gerson Gomes Almeida, em Ipaba (Caratinga)

26 de agosto, às 19h, no Theatro Municipal de São João da Boa Vista (SP)

10 a 12 de setembro, em Esplanada, Mata de São João (Bahia)

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