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Júri em Manhuaçu: dois são condenados

17/08/2015 - Atualizado em 17/08/2015 07h38

MANHUAÇU (MG) - Dois julgamentos já foram realizados na pauta do Tribunal do Júri da Comarca de Manhuaçu, nesse mês de agosto. No primeiro, o réu foi condenado a 14 anos de prisão. O segundo recebeu uma pena de 23 anos.

A pauta teve início na quarta-feira, no Fórum Desembargador Alonso Starling. Com um julgamento em tempo recorde, o réu Roberto Correia Neto, de 40 anos, foi condenado a 14 anos de prisão, em regime fechado, pela tentativa de homicídio contra Laurindo Souza, de 33 anos. O crime ocorreu há apenas quatro meses, em São João do Manbuaçu.

A sessão de júri foi presidida pelo Juiz de Direito, Marco Antônio Silva, e teve como representante do Ministério Público, o promotor de justiça, Renan Cotta Coelho, que pediu a condenação do réu pelo crime de homicídio tentado com duas qualificadoras.

O crime ocorreu em um bar do bairro Bela Vista, em São João do Manhuaçu, em abril deste ano. A vítima, Laurindo, estava deitado em um sofá dormindo, como informa a denúncia do Ministério Público, quando Roberto chegou e desferiu golpes de faca contra ele, acertando o pescoço e o abdômen da vítima.

De acordo com o promotor, em sua tese de acusação, alegações de legítima defesa seriam completamente infundadas, uma vez que a vítima estava dormindo, sem contar que não há provas de Laurindo tenha ameaçado Roberto.

Ele ainda defendeu as qualificadoras de motivo torpe, isto é, uma vingança por uma discussão ocorrida uma semana antes; e de recurso que dificultou a defesa da vítima.

A defesa, feita pelo advogado Wenceslau Ferreira da Costa, defendeu a desqualificação do crime para lesão corporal, uma vez que, segundo a tese defendida, o laudo da perícia era frágil e não havia nada que sustentava a tentativa de homicídio, além disso, a vítima havia ficado apenas um dia no hospital, logo os ferimentos não eram um risco a sua vida.

Após apresentação da tese do Ministério Público e da defesa, os jurados votaram, aceitando as duas qualificadoras e condenando o réu a 21 anos de prisão. Como o crime foi de homicídio tentado, e não consumado, a pena foi diminuída em um terço, passando a 14 anos de reclusão, em regime fechado.

O acusado já está recolhido ao presídio de Manhuaçu.

23 ANOS

Na quinta-feira, Osvaldo Knupp, de 35 anos, foi sentenciado a 23 anos pelo assassinato de Ronaldo Braz Aparecido. Dos quatro envolvidos no crime, ele foi o último a ser julgado.

A causa da morte da vítima teria sido vingança. O crime ocorreu no dia 23 de maio de 2013, em Luisburgo. Os outros envolvidos foram condenados em julho: Jandro Ferreira (Naim) a 19 anos e nove meses; Filipe Ferreira da Silva e José Carlos Pazeli a 15 anos, sete meses e quinze dias.

Osvaldo mudou a versão no julgamento anterior e, por isso, o caso foi desmembrado do processo dos outros envolvidos. Em júri separado, o réu, em depoimento, negou o crime de homicídio, confessando apenas que agrediu a vítima e, após sua morte, ajudou na ocultação do cadáver.

Após os argumentos de acusação e defesa, os jurados votaram e consideraram Osvaldo Knupp culpado de homicídio triplamente qualificado. O Juiz da 1ª Vara Criminal, Dr. Marco Antônio Silva, proferiu a sentença de 23 anos de prisão em regime fechado.

Osvaldo Knupp já está recolhido no presídio de Manhuaçu desde maio de 2013, quando foi preso.

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