Portal Caparaó - Prefeituras fazem paralisação por conta da crise
Política

Prefeituras fazem paralisação por conta da crise

24/08/2015 - Atualizado em 24/08/2015 07h32

Ipanema

Lajinha

Santa Margarida

BELO HORIZONTE (MG) - Cerca de 68% das cidades mineiras, espalhadas por todas as regiões do Estado, aderiram à manifestação desta segunda-feira, dia 24/08, que conta com o apoio da Associação Mineira de Municípios (AMM). Na região, prefeituras de cidades como Ipanema, Lajinha e Santa Margarida paralisaram as atividades.

O movimento que tem como slogan “Crise nos municípios: prefeituras de Minas param por você” tem por finalidade pressionar o governo federal para o cumprimento das responsabilidades com o executivo municipal. Falta de atualização dos valores destinados ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), redistribuição da arrecadação de impostos, definição dos repasses pendentes dos convênios entre a União, estado e municípios e revisão do Pacto Federativo, estão entre a pauta municipalista que dá origem ao movimento.

Em Ipanema, a Prefeitura aderiu ao movimento reivindicando ajustes nos repasses dos Governos Federal e Estadual. Servidores participaram de um ato na região central da cidade.

Já em Santa Margarida, o Prefeito Geraldo Leão destacou em seu perfil no Facebook: “Esperamos que com esta mobilização os repasses para as prefeituras sejam justos, e assim, possamos oferecer mais qualidade nos serviços de saúde, educação, segurança e emprego. Com a atual situação, ofertar esses serviços está se tornando uma tarefa árdua para todas as prefeituras. A crise nos municípios tem impedido que façamos muito do que foi planejado e que é nosso desejo para a nossa população. Esperamos que os governantes repensem que o povo é quem mais sofre com estes cortes bruscos”.

Lajinha também fechou as portas e destacou a adesão ao movimento nesta segunda-feira.

ADESÃO

O levantamento do número de prefeituras que participaram da manifestação foi apurado pela AMM, junto às microrregionais do Estado. Vale ressaltar que as prefeituras tiveram liberdade para a manifestação e, portanto, as formas de paralisação variaram de cidade para cidade. Na maioria delas, apenas serviços essenciais foram mantidos em funcionamento, como atendimentos de urgência e emergência na área da saúde.

Cidades com mais de 100 mil habitantes, como Uberaba, Juiz de Fora, Itabira, Barbacena, Itajubá, Divinópolis e Ituiutaba, participaram da manifestação. As pequenas cidades foram as mais efetivas, visto que muitas dependem, exclusivamente, dos repasses do FPM. Para o presidente da AMM e prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio, os repasses do governo federal são as maiores fontes de receitas da maioria dos municípios, quando não são a única. "Esses valores diminuem cada vez mais, forçando os prefeitos a tomarem decisões drásticas para conseguirem atender as demandas da população".

O movimento supriu as expectativas das microrregionais e da AMM. Segundo o presidente da Associação os dados demonstram a insatisfação quase totalitária das cidades mineiras. “Unimos forças para demonstrar o que está acontecendo com as prefeituras e, em consequência, com os cidadãos. Algumas cidades maiores só não aderiram devido ao grande impacto que seria causado aos habitantes. É um desrespeito à população o que o governo federal tem feito com as cidades”, comenta Antônio Júlio.

Carlos Henrique Cruz - carlos@portalcaparao.com.br 

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