Portal Caparaó - Final feliz: a história por trás do vídeo de Jéssica
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Final feliz: a história por trás do vídeo de Jéssica

18/11/2015 - Atualizado em 19/11/2015 07h31

ALTO JEQUITIBÁ (MG) - “Já acabou, Jéssica?”, diz Lara à sua colega de sala. “Sim, pode pegar o livro, não vou precisar mais dele”, responde a garota sorrindo, cheia de boa vontade.

Acredite: é esse tipo cordialidade que costuma predominar entre Lara T., 14 anos, e Jéssica A., 13, alunas do 7º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Reverendo Cícero Siqueira, que funciona em Alto Jequitibá.

Assim pelo menos caracteriza a relação entre as adolescentes uma funcionária da escola, que convive com elas quase que diariamente desde o início do ano letivo — e por isso mesmo estranha o festival de tapas, socos e pontapés trocados nesta segunda-feira pelas garotas nas proximidades do colégio. Registrada pela câmera do smartphone de um companheiro de classe das jovens, a briga, postada no Youtube, se tornou viral, chegando a ocupar o primeiro lugar nos trending topics mundiais do Twitter.

A centelha que desencadeou a cizânia foi a mesma que consumiu Bentinho no clássico Dom Casmurro: ciúme. Ao contrário do personagem de Machado de Assis, porém, Jéssica - a possessiva do enredo jequitibaense  —não ruminou o veneno por muito tempo. Segundo a servidora da instituição de ensino, a estudante teria visto a amiga falar mais cedo com seu namorado - que mora em uma cidade vizinha e não estava presente no momento da rusga. Supostamente incomodada com a cena, chamou Lara para conversar. O papo ia bem até que, não se sabe por quê, Jéssica puxou os cabelos da (que passou a ser sua) rival e a jogou no chão.

“Foi um dia de fúria", conta a funcionária, que descreve a Cícero Ciqueira como uma escola pacífica. “Só uma briga de adolescentes que passou um pouco da conta. Inclusive não entendemos porque algo tão banal ficou tão famoso. De qualquer forma, não é a regra por aqui”, completa.

As personalidades das mocinhas também não dariam pistas de que o conflito que deu fama a Alto Jequitibá seria, um dia, performado. Em seu círculo social, Lara é tida como uma pessoa calma, embora tenha seus dias de impaciência. Sabe-se que adora se maquiar e, até então, nunca havia se envolvido discussões. Já Jéssica, é uma espécie de “Miss Simpatia”. Do tipo popular, é vista sempre rodeada de amigos, e não se dá notícias de que colecione desafetos.

FINAL FELIZ

As pazes, felizmente, já foram feitas. Com direito a choro, pedidos de desculpas e abraços, numa reunião convocada na mesma fatídica segunda-feira pela diretoria da escola. O encontro contou com a presença das mães das moças e do Conselho Tutelar. Nenhum dos envolvidos, incluindo as protagonistas da história, quis se pronunciar sobre assunto. Em conversa rápida com a reportagem do EM, o vice-diretor do colégio disse apenas que a mãe de Lara está bastante abalada com a situação, e que a comunidade escolar lamenta o ocorrido.

PM NÃO ACHA GRAÇA

Por meio de sua página oficial no Facebook, a Polícia de Militar de Minas Gerais se manifestou sobre a rixa. “Agressão não tem graça, é contravenção penal e gera responsabilidades”, alertou a corporação.

Cecília Emiliana / Luiz Othavio Gimenez – Portal Uai

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