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Teatro e música para combater o mosquito da dengue

02/12/2015

MANHUAÇU (MG) - Música, teatro e pintura, elementos culturais que estão sendo utilizados pelos profissionais da saúde da Secretaria de Saúde de Manhuaçu, mais especificamente agentes de combate a endemias, que lidam diariamente à caça do mosquito Aedes Aegypti, o responsável por transmitir doenças como dengue, febre chikungunya e o Zica vírus, para informar e conscientizar um público mais do que especial, crianças em fase escolar. O projeto estreou na manhã de terça-feira, 24 de novembro, na escola municipal São Vicente de Paulo, o Caic do bairro Alfa Sul.

Com linguagem simples, a peça é um musical, que mescla informações sobre os riscos e cuidados que devem ser tomados para não deixar o mosquito se proliferar, e paródias de músicas consagradas que animam o público. Num cenário que simula uma cidade, o mosquito evoca ajuda de uma bruxa para que ela o ajude a providenciar criadouros para seus ovos e, assim o mosquito que parece indefeso, monte um exército a fim de contaminar toda população. Só que os vilões, a mosquita faceira e a bruxa poderosa, não contavam com o trabalho de uma heroína, a menina superpoderosa, que representa os agentes de combate a endemias, que chega para colocar fim no plano e garantir que a cidade fique livre do mosquito e da doença.

De acordo com os agentes e artistas, o objetivo é mostrar de forma lúdica para as crianças como combater essa ameaça que todos os anos faz diversas vítimas. “As crianças compreendem de forma lúdica a importância de reciclar o lixo e de não deixar jogado em qualquer lugar” - relata Grasielle Gomes, a agente de endemias que interpreta a mosquita da dengue. Ela ainda define cada personagem: “O agente de endemias é o super-herói, a bruxa são aquelas pessoas que jogam lixo nas ruas, que não têm respeito pela natureza, que não cuidam de suas casas e quintais. O mosquito é o vilão de toda história, que coloca de forma engraçada as coisas más que ele faz para conscientizar as crianças” – diz.

A iniciativa do projeto é dos próprios agentes, que entre as equipes identificaram talentos e deram início a um trabalho que busca despertar uma consciência cidadã e de aliados no combate ao mosquito que atualmente é responsável por transmitir três tipos de doenças. “Estamos vendo que sem ajuda da população, das crianças que são o nosso maior tesouro, não vamos conseguir vencer esse combate. Além do empenho que nossas equipes têm no campo de atuação, temos aproveitado esses talentos extras no projeto” – relata José Felício dos Santos Simão, supervisor de endemias, diretor e músico do projeto teatral.

O grupo é formado por nove integrantes, três agentes dão vida às personagens: Renata Fagundes, Grasielle Gomes e Ilaiana Alves, outros quatro são responsáveis por musicar o espetáculo, forma a banda do combate: Jhonatan Douglas e Thiago Vasconcelos nas guitarras, José Felício Simão, voz e violão e Max Weder na bateria. Cenários e figurinos também são criação da trupe que ainda conta com o trabalho de contrarregras de mais dois agentes, Carolina Vasconcelos e José Márcio Moraes. O projeto do grupo é levar a peça à todas as escolas do município, por isso, o diretor escolar que tiver interesse, pode agendar a apresentação, que dura em torno de 20 minutos, na sede da Vigilância Ambiental.

Os agentes, além do trabalho educativo por meio de teatro, ainda exercem suas atividades de campo, no combate diário do mosquito.

NÚMEROS DA DENGUE

Conforme dados oficiais do Ministério da Saúde, até a semana epidemiológica 40, compreendida entre o 04 de janeiro a 10 de outubro deste ano, foram registrados 1.485.397 casos prováveis de dengue no país – casos notificados, incluindo todas as classificações, exceto descartados. Nesse período, a região Sudeste registrou o maior número de casos prováveis, são 950.144, o equivalente a 64% em relação ao total do país.

O número representa um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, para se ter uma ideia, Minas Gerais registrou em 2014, um total de 55.800 casos de janeiro a outubro. Já esse ano saltou para 176.006 no mesmo período. São Paulo foi o estado que mais registros teve, de 217.654 para 695.985, Espírito Santo foi de 17.281 para 22.199 e o Rio de Janeiro pulou de 6.657 para 55.954.

Em Manhuaçu, a Vigilância Ambiental registrou no mesmo período de 2014, 96 casos, e em 2015 o trabalho das equipes de agentes de epidemiologia totalizou até outubro 210 registros de casos na cidade.

Com informações da Sec. de Comunicação Social de Manhuaçu - contato@portalcaparao.com.br

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