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Cafés de Araponga e Dores do Rio Preto vencem concurso de qualidade da ABIC

16/12/2015 - Atualizado em 17/12/2015 09h39

REDAÇÃO - O 12º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café, além da avaliação sensorial dos 11 lotes finalistas por um Júri Técnico, trouxe, nesta edição, duas inovações: a participação do Júri Popular, formado por cinco grupos de consumidores residentes nos estados participantes do certame, e a avaliação do nível de sustentabilidade de cada uma das propriedades. O resultado obtido em cada etapa teve peso diferente na composição da nota final: Júri Técnico, 70%; Júri Popular, 15%, e Sustentabilidade, 15%.

O resultado do Júri Técnico foi divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) no dia 2 de dezembro. O melhor café pela Qualidade Global foi o do produtor João da Silva Neto, da cidade de Araponga, em Minas Gerais, que obteve a nota de 8,70 pontos, em uma escala de 0 a 10, considerado excepcional pelo Júri Técnico. Além da melhor nota do concurso, esse café foi campeão na categoria Cereja Descascado.  Com a pontuação obtida no Júri Popular e na avaliação da sustentabilidade da propriedade de João Neto, o lote conquistou a nota final de 8,72 pontos.

A média ponderada das notas dadas pelos 63 integrantes dos Júris Populares realizados em São Paulo, Londrina, Belo Horizonte, Salvador e Vitória, confirmou a preferência desses consumidores pelo café de João da Silva Neto, eleito com 46% dos votos. No quesito sustentabilidade, a propriedade mineira recebeu a nota máxima de 1,5 pontos (15% da pontuação fina), por ser certificada e atender os itens do questionário de autoavaliação.

Também foi confirmada a liderança na Categoria Café Natural o lote do produtor José Alexandre Abreu de Lacerda, da cidade Dores do Rio Preto, do Espírito Santo. Esse café obteve a nota de 8,33 pontos do Júri Técnico. Com a pontuação do Júri Popular e a avaliação da sustentabilidade, atingiu a nota final de 8,40 pontos. Na Categoria Microlote também foi confirmada a liderança do café produzido por Maria Aparecida Maciel Gomes, na cidade de Japira, no Paraná. A nota de Qualidade Global dada pelo Júri Técnico foi de 8,60 pontos. E passou para 8,65 com a pontuação do Júri Popular e avaliação de sustentabilidade, conquistando o 2º lugar desta 12ª edição do Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café.

Opinião dos Consumidores

A inclusão da opinião dos consumidores na avaliação dos lotes finalistas, se de um lado homenageou esses apaixonados por café, por outro gerou para a ABIC um grande banco de dados que expressa a paladar e os hábitos de cada região. O cruzamento das informações poderá resultar em importantes indicadores que auxiliarão as indústrias a melhor adequarem seus blends e focar com mais objetividade o posicionamento de seus produtos.

Entre as curiosidades que surgiram, está o fato de o Júri Popular da Bahia ter indicado como preferido, por 58% dos participantes, um café do próprio estado: o Cereja Descascado produzido por Luiz Benício Santos Torres, da Fazenda Santa Helena, em Itambé.  O mesmo aconteceu no Paraná: a preferência para 71% dos integrantes do júri foi o microlote produzido no estado por Maria Aparecida Maciel Gomes, na cidade de Japira, e que conquistou o 1º lugar na categoria e o 2º no ranking final do concurso.

Os consumidores de São Paulo preferiram o café cereja descascado de Minas Gerais. Os do Espírito Santo elegeram o café natural da Bahia e o cereja descascado de São Paulo. E os mineiros preferiram o microlote do Paraná.

Os trabalhos dos júris populares foram acompanhados e coordenados por técnicos da ABIC. Os consumidores provaram separadamente e às cegas (sem saber a origem) o café de cada lote, preparado em filtro. A avaliação seguiu a metodologia da escala hediônica, na qual expressaram o grau de gostar ou desgostar, de forma geral, ou em relação a um atributo específico (fragrância, aroma, acidez, amargor, adstringência, corpo e sabor). A ABIC optou por este tipo de avaliação por ser amplamente utilizada na mensuração de atributos sensoriais de alimentos e entre testes de preferência.

Leilão

Conforme já agendado no Regulamento do Concurso, de 12 a 19 de janeiro será realizado o leilão de todos os 11 lotes finalistas. O pregão é aberto a torrefações, cafeterias e pessoas jurídicas de todo o país e os lances serão dados por e-mail. Esses cafés serão posteriormente industrializados e chegarão aos supermercados e lojas gourmet em meados de abril, compondo a 12ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil.

A classificação final e mais informações sobre a avaliação do Júri Popular poderão ser acessadas no portal abic.com.br.

CLASSIFICAÇÃO FINAL POR CATEGORIA

NATURAL

No

Categoria

Nome

Propriedade

Cidade

UF

Nota QG

Nota Final

Natural

José Alexandre Abreu de Lacerda

Sítio Córrego Pedra Menina

Dores do Rio Preto

ES

8,33

8,40

Natural

Paulo Rogério P. Marchi

Sitio Santa Rosa

Serra Negra

SP

8,17

7,92

Natural

Ceres Trindade de Oliveira Santos

Sítio São Joaquim

Joaquim Távora

PR

8,25

7,90

Natural

Eufrásio Souza Lima

Sítio Boa Vista

Barra do Choca

BA

7,98

7,73

CEREJA DESCASCADO

No

Categoria

Nome

Propriedade

Cidade

UF

Nota QG

Nota Final

CD

João da Silva Neto

Jardim das Oliveiras

Araponga

MG

8,70

8,72

CD

Eloir Inocencia Nogueira de Souza

Sitio Dois Irmãos

Pinhalão

PR

8,55

8,64

CD

Alexandre Provencio

Santa Jucy Agroindustrial

Cássia dos Coqueiros

SP

8,26

8,46

CD

Luiz Benicio Santos Torres

Fazenda Santa Helena

Itambé

BA

8,34

8,04

MICROLOTE

No

Categoria

Nome

Propriedade

Cidade

UF

Nota QG

Nota Final

Micro Lote

Maria Aparecida Maciel Gomes

Sítio Fortaleza

Japira

PR

8,60

8,65

Micro Lote

Rafael Giolo

Fazenda Olhos D´agua

Pedregulho

SP

8,52

8,56

Micro Lote

Miguel Messias

Sítio Bom Jardim

Muniz Freire

ES

8,49

8,08

 
Fonte: ABIC          

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