Portal Caparaó - Vigilância Ambiental orienta sobre caramujos africanos
Agronégocios

Vigilância Ambiental orienta sobre caramujos africanos

29/01/2016 - Atualizado em 30/01/2016 16h05

MANHUAÇU (MG) - Um biólogo mostrou preocupação essa semana por conta da infestação de caramujo africano. Leandro Belga postou nas redes sociais a presença dos animais próximo ao Estádio JK. A população está preocupada porque o animal pode transmitir doenças graves, como a meningite, e até virar foco para o mosquito da dengue.

Os animais surgem em grande quantidade nos quintais e terrenos, especialmente depois de chuvas e muitas vezes chegam a entrar nas casas. Moradores de diversos bairros de Manhuaçu estão preocupados com a infestação. Nas redes sociais, há dezenas de relatos e fotos desta espécie. Vale lembrar que nem todos estão contaminados.

 “Acabei de passar na Rua Antônio Wellerson, próximo ao Estádio JK, e me deparei com esses três Caramujos. Eles estavam de três a cinco metros um do outro, no meio-fio. Ambos saiam de bocas de tubos de escoamento de água na calçada. Resolvi coletá-los para verificar alguns detalhes”, contou o Biólogo Leandro Belga.

Leandro fez o alerta as autoridades responsáveis. “Fica o alerta para a Vigilância Sanitária / Ambiental de Manhuaçu, para que informe a população e assuma medidas de conscientização e combate a esse molusco, que está entre as 100 piores espécies invasoras no mundo”, avisou.

 Em contato com a Vigilância Ambiental de Manhuaçu, a coordenadora Emilce Estanislau, pediu a compreensão da comunidade e fez orientações a fim de acabar com a infestação. “Não estamos sendo omissos. Salientamos que não temos servidores disponíveis para catar os caramujos em todos os locais, então pedimos a população que tenha compreensão e nos ajude. A melhor forma de combater esta espécie, é a catação manual diária e não há um produto seguro que possa ser aplicado para matá-los. Recomendamos que os donos de lotes, quintais e demais locais úmidos, faça a limpeza do local e a catação utilizando uma sacola plástica ou luvas a fim de evitar o contato com o caramujo e posteriormente atear fogo em todos e enterrar os vestígios ou colocar em saco plástico e jogar no lixo”, explicou Emilce.

Questionada sobre a contaminação de pessoas, Emilce explicou que nem todo o caramujo está contaminado, mas aquele que estiver pode transmitir doenças para o ser humano, por isso, deve-se evitar o contato.

No verão, o caramujo aparece ainda mais. O tempo quente facilita a reprodução e quando chove o animal consegue se movimentar com mais facilidade.

Como o animal não tem predador natural no meio urbano e pela velocidade da reprodução, rapidamente pode se transformar em uma praga.

Depois de fazer a coleta, é interessante passar uma vassoura ou rastelo no terreno onde os caramujos estavam, para matar os ovos dos animais que podem ter ficado no solo.

Além das doenças que o animal transmite diretamente, ele também tem uma concha que pode acumular água e servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.

Se acumular água, o mosquito vai ter a oportunidade de colocar seus ovos, e pode ser transmissor não só da dengue, mas da febre chikungunya e do zika vírus. 

contato@portalcaparao.com.br

O Portal Caparaó não se responsabiliza por qualquer comentário expresso no site ou através de qualquer outro meio, produzido através de redes sociais ou mensagens. O Portal Caparaó se reserva o direito de eliminar os comentários que considere inadequados ou ofensivos, provenientes de fontes distintas. As opiniões são de responsabilidade de seus autores.