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Jornal Diário de Manhuaçu completa 9 anos

09/02/2016 - Atualizado em 10/02/2016 09h30

MANHUAÇU (MG) - Neste final de semana, o jornal Diário de Manhuaçu completou nove anos de circulação na região. A entrevista especial é com o diretor Rafael Gonçalves Pinto. Com 36 anos de vida, muita experiência na bagagem e muita simpatia, ele aceitou o desafio de abrir mais uma unidade do jornal, que é de Caratinga, em uma cidade totalmente nova.

A ideia de abrir uma filial em Manhuaçu surgiu de uma enorme vontade da diretoria geral do grupo Diário, formada por Veronici Maria Aparecida da Silva Leite de Mattos e sua irmã Maria Aparecida da Silva, que contaram com o apoio irrestrito do marido da Vera, Alcides Leite de Mattos. Com experiência, determinação e força de vontade, a sementinha foi plantada na terra natal das diretoras e germinou, dando excelentes frutos ao longo de nove anos de história.

“Sou extremamente grato a tudo o que a Vera, a Cida e o Alcides fizeram, e ainda fazem, por mim nestes nove anos. Não existiria nada disso se eles não tivessem sonhado juntos e buscassem realiza-lo. Agradeço também pela confiança em meu nome para poder gerir, por oito dos nove anos de existência, este importante veículo de comunicação. Eles sonharem e nós estamos realizando com muito trabalho”, disse Rafael.

O CONVITE

Uma das diretoras geral do grupo Diário, que reúne os jornais de Caratinga, Manhuaçu e Teófilo Otoni, Veronici Maria Aparecida, mais conhecida como Vera, e sua família são naturais de Manhuaçu. “Desde a fundação do Diário de Caratinga, sempre se comentava nos corredores do jornal do sonho de abrir uma filiar por essas terras. Primeiro, por causa do carinho e afeto que a Vera e a Cida têm com a cidade. Depois, por entender que Manhuaçu era uma terra com muito potencial econômico”, explicou Rafael.

Um belo dia, Rafael estava trabalhando no jornal em Caratinga e foi abordado pela diretora. “Vamos abrir uma unidade do Diário em Manhuaçu. Você aceita ir trabalhar lá”, disse Vera à Rafael. Naquela época, o sonho se tornaria realidade com o incentivo do marido da Vera, Alcides Leite, que comprou aparelhagem de gráfica e toda a demais infraestrutura necessária para a expansão do grupo de comunicação também para Teófilo Otoni. Aparelhagem esta que é um dos maiores custos dos jornais impressos, principalmente de interior.

“Confesso que, inicialmente, o convite era para eu passar apenas um tempo curto em Manhuaçu. A Vera e eu nos conhecemos há muito tempo, desde antes de trabalharmos juntos no Diário. Acredito que esse tempo de convivência fez com que ela confiasse em mim para participar deste novo projeto. Fiquei assustado, tinha outros planos e objetivos na minha vida, principalmente ligadas à política. Mas aceitei o desafio e vim para Manhuaçu com muita vontade de fazer o que me cabia naquele momento”.

INSTALAÇÃO E PRIMEIROS MESES

Assim que chegou, muita gente estranhou. Alguns, pessimistas, disseram que o jornal não duraria seis meses. Outros, otimistas, afirmaram que aquilo era a melhor coisa que acontecera no município nos últimos tempos, já que havia chegado mais uma fonte de informação, e todos os dias. Havia ainda os cautelosos, que preferiram esperar para ver como seria o trabalho de um jornal impresso, com periodicidade diária, em uma cidade aproximadamente 80 mil habitantes.

“Tive uma escola muito boa em Caratinga. Tive verdadeiros professores ao meu lado e a Vera foi uma delas. Assim que chegamos, fizemos o dever de casa, o arroz com feijão e como bons mineiros, fomos comendo pelas beiradas. Nos apresentamos aos políticos, empresários e à sociedade de um modo geral como interessados em participar do desenvolvimento da cidade. Queríamos ser mais uma ferramenta de divulgação e conseguimos isso a custo de muito suor e trabalho”, disse o diretor do jornal.

A primeira equipe foi composta por Rafael Gonçalves, que na época era vendedor do jornal, Sérgio Barbosa (diretor), Willian Ribeiro (repórter) e Amauri (vendas). Esses vieram de Caratinga. De Manhuaçu foram contratados Monalisa e Geane Kelly (repórteres). “Lembro com muito carinho dessa equipe, assim como tenho boas recordações de tantos outros que passaram por aqui. Acho que o mais importante é aprender com todos e ensinar quem quer”.

EXPERIÊNCIA

Em nove anos de Diário e de Manhuaçu, Rafael Gonçalves acredita que o maior aprendizado foi saber lidar com as pessoas. Depois de passar por todas as funções que um jornal permite, desde entregador de jornal, até o mais alto cargo de chefia, ele revela que esta foi e continua sendo o maior desafio de um gestor.

“Saber lidar com as pessoas é algo muito complexo. Se você aprende isso, as outras obrigações ficam mais simples. Quando se está no cargo de diretor de um jornal como o Diário, você fica no meio entre os funcionários e o diretor geral. Ao mesmo tempo que você precisa mostrar resultado para o patrão, os funcionários precisam de suporte para que o conteúdo chegue até o cliente final, que são as pessoas, os leitores. Isso é complicado, mas acho que aprendi direitinho nesse tempo afrente do jornal”.

Dos fatos mais marcantes, Rafael preferiu não elencar. “Se eu fosse enumerar a quantidade de assunto que o Diário cobriu nesses nove anos, eu teria que citar muita coisa. O mais importante é ter a convicção de que estivemos nos principais eventos e cobrimos tudo o que de mais importante aconteceu em Manhuaçu e região nos últimos anos. Claro que alguma coisa ou outra acabou não sendo repercutido por nós, mas sempre nos esforçamos para cumprir com aquilo que o nosso leitor espera de nós”.

GRATIDÃO

Para Rafael, a palavra de ordem é gratidão. Sem querer planejar muito o futuro, pois pra ele “a Deus pertence”, o diretor do Diário de Manhuaçu lembra com carinho de todos aqueles que passaram pelo jornal e que de alguma forma contribuiu com o crescimento do periódico.

“Não vou citar nomes para não ser injusto com alguém. Mas o meu agradecimento especial, mais uma vez é para a Vera, a Cida e o Alcides, que confiaram no meu trabalho para gerir por mais de oito anos este jornal. Sou grato também a todos os funcionários que por aqui passaram, a todos os parceiros e colaboradores e, principalmente, ao povo de Manhuaçu, que nos acolheu de forma incrível. Vocês são os verdadeiros responsáveis pelo nosso trabalho diário”, finalizou Rafael.

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