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Política

Deputados constatam baixo efetivo da PM em Santa Margarida

18/07/2017

SANTA MARGARIDA (MG) - A falta de efetivo em Santa Margarida foi constatada por deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em visita, realizada nesta segunda-feira (17/7/17), ao Destacamento da Polícia Militar (PM) do município.

Solicitada pelos deputados Sargento Rodrigues (PDT), que preside a comissão, Cabo Júlio (PMDB), Fred Costa (PEN), João Leite (PSDB) e João Vítor Xavier (PSDB), a atividade foi motivada pelo assassinato do cabo Marcos Marques da Silva, de 36 anos, morto na última segunda-feira (10) pela manhã, durante tentativa de assalto a banco na cidade.

Em Santa Margarida, que tem cerca de 15 mil habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia grande movimentação naquele dia por causa de pagamentos de servidores e também os referentes à cafeicultura, uma das principais atividades econômicas do município.

Segundo o tenente Marcelo Moreira, comandante do Pelotão de Matipó, ao qual o destacamento de Santa Margarida é subordinado, a cidade conta com nove PMs na sede e três no distrito de Ribeirão de São Domingos. As escalas, de 8 às 19 horas e de 19 às 5 horas, contam sempre com dois policiais, efetivo presente no dia do crime.

Ele relatou que, até abril de 2016, cinco policiais atuavam na sede, quando o número foi ampliado. Naquela data, caixas do Banco do Brasil foram explodidos por bandidos durante a madrugada. “O município ainda conta com um dos destacamentos com maior efetivo”, comentou o tenente, que acrescentou que não há turno com número superior, exceto quando um evento ocorre na cidade.

Marcelo Moreira também contou que um delegado de Polícia Civil é responsável, além de Santa Margarida, pelas cidades vizinhas de Matipó, Abre Campo, Caputira, Sericita e Pedra Bonita.

Para os deputados Sargento Rodrigues e João Leite, que participaram da visita, o fato de a cidade contar com apenas dois policiais por escala contribuiu para o ocorrido. “O destacamento não podia ter só dois PMs naquele momento, no horário de funcionamento de bancos. A capacidade de resposta aumenta com mais profissionais”, argumentou o deputado Sargento Rodrigues.

Já na opinião do deputado João Leite, as polícias precisam trabalhar na antecipação com o uso de escutas, por exemplo. “Dois policiais são direcionados para o trabalho sem que a corporação saiba se isso é suficiente”, lamentou. Ele também chamou atenção para o fato de a escala ser voltada para a atividade dos bancos, o que demonstra preocupação com o setor.

Questionado pelos deputados sobre a existência de coletes e munição vencidos, o tenente relatou que isso se confirma em relação aos primeiros.

Pelotão

A gerente do Banco do Brasil de Santa Margarida e secretária do Conselho Comunitário de Segurança Pública da cidade, Raquel Maria Ribeiro Dias da Silva, ressaltou a demanda por investimentos na área.

 “Desde a explosão de caixas no ano passado, fizemos um abaixo assinado para que um pelotão se instale na cidade no lugar do destacamento. Santa Margarida atende aos critérios para isso”, disse.

Deputados prestam condolências

Os parlamentares também visitaram a viúva do cabo Marcos, Dulcilea Amaral Marques, que reside em Manhuaçu para prestar solidariedade. O deputado Sargento Rodrigues levou informações sobre os direitos a que ela faz jus.

 “Causou revolta não só o fato de que apenas dois policiais estavam trabalhando no momento, mas também a informação de que um deles era recém-formado. Sem desmerecê-lo, sabemos que esse policial ainda não tem tanta experiência”, afirmou o parlamentar.

Vigilante

Também foi assassinado na ocasião o vigilante do Banco do Brasil, Leonardo José Mendes, de 53 anos. Os deputados visitaram sua viúva, Luzia Abreu dos Reis Mendes, que vive em Santa Margarida.

Segundo Sargento Rodrigues, a forma como as imagens do circuito interno do banco vazaram na internet, exibindo a ação dos bandidos e a morte do vigilante, deixou toda a família transtornada.

Crime

De acordo com a PM, criminosos armados investiram contra uma agência do banco Sicoob no dia 10 de julho. Em seguida, seguiram para o Banco do Brasil, quando houve troca de tiros com vigilantes.

Os bandidos fizeram reféns e fugiram em uma picape com as vítimas servindo de escudo. Na fuga, foram surpreendidos por um carro com dois policiais militares e reagiram, atirando. O caso gerou grande comoção no Estado e País.

Com informações da Assembleia de Minas

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