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Segurança

Acusado de homicídio em Fabriciano é preso em Espera Feliz

20/04/2011 - Atualizado em 20/04/2011 16h34
Acusado do assassinato de um travesti num motel, Roney foi preso em Espera Feliz com o nome de Douglas

A Polícia Militar de Espera Feliz prendeu, na segunda-feira, 18, Roney de Oliveira Bramusse, 34 anos. O eletricista é foragido da Justiça de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço.

Houve uma denúncia de que havia um foragido morando na cidade. Os policiais desencadearam a operação e abordaram o homem. Na conversa com os policiais, ele falou nome e endereços que não procediam e não portava documentos. Alegava ter perdido tudo, todavia sempre demonstrando nervosismo e constante tremedeira.

No interior do imóvel foram encontrados cartões magnéticos com nomes raspados. Isso foi suficiente para os policiais confirmarem que havia algo por trás da história dele.

Após diversas perguntas, Roney acabou se contradizendo e revelou seu verdadeiro nome. Em consulta no sistema informatizado foi averiguado tratar-se de pessoa foragida da justiça pela prática de homicídio. Ele revelou que é conhecido na cidade de Coronel Fabriciano como "homicida do motel", por ter praticado um homicídio contra um travesti num motel. Na ocasião do fato, ele estava em liberdade condicional por ter praticado outro crime de homicídio.

Roney esclareceu que ao praticar o segundo delito de homicídio, desesperado, ligou para um cidadão em Espera Feliz, proprietário de uma vidraçaria, confessou-lhe o crime e solicitou-lhe refugio.

Durante aproximadamente quatro meses, ficou na cidade com o apoio financeiro do amigo e se apresentava com o nome de outra pessoa. Roney foi levado para a delegacia de polícia.

MORTE NO MOTEL

Roney teria tirado a vida do travesti Ronaldo Sabino de Lima, mais conhecido como “Raíssa”, 25, assassinado a golpes de canivete em uma das suítes de um motel em Coronel Fabriciano, no dia 9 de Novembro do ano passado.

Cenas do crime em Fabriciano foram divulgadas na época pela polícia

Funcionários do motel contaram à Polícia Militar que, por volta das 2h30 da madrugada, ouviram gritos e um barulho de algo caindo na suíte de número 209. Eles foram ver do que se tratava e encontraram várias marcas de sangue no chão e na parede da escada de acesso à garagem ao quarto, ouvindo em seguida um carro sair do motel, o Fiat Uno placas LAY-0668, de propriedade do pai do acusado. O travesti já estava morto, caído no pé da escada e com o corpo completamente ensangüentado. Os documentos do automóvel foram encontrados no motel.

Roney fugiu no Uno, deixou o carro na casa de um tio e desapareceu. O ex-presidiário e estudante teve a prisão decretada pela Justiça.

ASSASSINATO DA PRIMA

O soldador e ex-presidiário Roney de Oliveira Bramusse, o “Roni”, de 33 anos, principal suspeito de assassinar o travesti Ronaldo Sabino de Lima, a “Raíssa”, 25, já cumpriu pena na penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, pelo brutal homicídio da própria prima, a modelo Leila Bramusse Ventura, 19. A moça foi morta em 15 de novembro de 1998, na casa onde morava com a família, na Rua Antônio Pinto, no Bairro JK, em Coronel Fabriciano. Ela foi encontrada em seu quarto, seminua e ainda com o fio da tomada de um ventilador enrolado no pescoço – que o assassino utilizou para estrangulá-la. Leila também teria sido violentada sexualmente. Na época do crime, Roney era casado e pai de um filho de dois anos. A modelo foi sua madrinha de casamento.

No dia em que foi preso pelo homicídio da prima, Roney negou todas as acusações, mas acabou julgado e condenado pelo crime a quase 20 anos de prisão, mas ganhou as ruas beneficiado pela lei de execuções penais. Na semana que antecedeu a morte de Leila Bramusse, ela e o assassino passaram dias juntos preparando uma exposição para ser exibida na Escola Estadual Pedro Calmon.

Quando foi preso há 12 anos, Roney negou estar por trás do homicídio, mas foi julgado e condenado pelo crime.

O homicídio da modelo foi um dos crimes de maior repercussão no Vale do Aço, causando revolta, principalmente, em moradores de Fabriciano. Familiares de Leila e Roney chegaram comentar que jamais desconfiavam dele, que até então era uma pessoa amigável e tranqüila.  

Carlos Henrique Cruz - Com informações do Jornal Vale do Aço
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