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Copacafé assume operações da antiga Leites Mimo

10/12/2012 - Atualizado em 10/12/2012 13h20

A Cooperativa dos Agricultores, Pecuaristas e Cafeicultores de Minas Gerais (Copacafé) assumiu as operações da antiga fábrica de laticínios da SPAM (Leites Mimo), que também já foi da Parmalat, em Manhuaçu.

A oportunidade de agregar valor à produção e de gerar mais lucro aos cooperados incentivaram os representantes da Copacafé a investir na aquisição de uma unidade fabril voltada para a produção de leite em pó. O processo de compra da unidade e a reestruturação da produção demandaram investimentos da ordem de R$ 25 milhões.

De acordo com o diretor comercial da Copacafé, Flávio Soares da Cunha Castello Branco, a cooperativa ingressou no mercado lácteo há dois anos, porém vendia o leite in natura para que as indústrias fizessem o processamento. Com o passar do tempo, foi feita avaliação do mercado, que se mostrou promissor.

"Os preços do leite in natura são muito instáveis e isso compromete a rentabilidade, assim, optamos pela aquisição da unidade industrial e na fabricação própria de leite em pó. A ideia é ampliar a produção até a capacidade máxima da unidade e, após esssa primeira etapa, investir na fabricação de leite longa vida e leite condensado", diz.

Manhuaçu é a sede da unidade denominada Copacafé-Leite. A capacidade produtiva total é de processar 500 mil litros de leite ao dia. Atualmente a unidade opera com cerca de 150 mil litros de leite/dia. A Copacafé possui em torno de 4 mil cooperados, desse total, 1,4 mil são pecuaristas de leite e fornecem o insumo para a agroindústria. A fábrica também prestará serviço para cooperativas interessadas em industrializar o leite.

FUNDAMENTAL

"A unidade da Copacafé já foi utilizada pela Parmalat e estava desativada há alguns anos. Além de agregar valor à nossa produção, a retomada da indústria é fundamental para o desenvolvimento da região. Percebemos que os pecuaristas estão mais otimistas e a tendência é aumentar nossa captação ao longo dos próximos meses", avalia Castello Branco.
A expectativa do representante da cooperativa é continuar os investimentos no próximo ano. Um dos principais focos será na produção de leite longa vida e leite condensado, produtos de maior valor agregado.

Em 2011 foram investidos em torno de R$ 5 milhões na melhoria das estruturas físicas e de logística da entidade. Além disso, foram comprados caminhões que hoje são utilizados na coleta e transporte do leite. "Nossas expectativas em relação ao mercado do leite são positivas e se tudo seguir como planejado, no próximo ano poderemos investir na ampliação da frota", ressalta.
Com a reativação da unidade em Manhuaçu foram gerados 30 empregos diretos. A frota própria, composta por 15 caminhões, é responsável pela captação do leite nas fazendas. Outras três carretas rodoviárias são usadas para o transporte entre o posto de resfriamento e a fábrica.

A produção atual é basicamente destinada ao mercado mineiro e ao nordestino. Segundo o diretor comercial, a demanda pelo produto está superior à capacidade de produção atual. "Já recebemos pedidos de vários estados, porém nossa produção ainda não é suficiente para garantir o abastecimento. Estamos incentivando o desenvolvimento da pecuária leiteira no entorno da fábrica para ampliar o volume produtivo e expandir as vendas", ressalta.

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