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Princípe de Mônaco visita o Instituto Terra

15/02/2013

O Príncipe Albert II de Mônaco visitou nesta quarta-feira (13) o Instituto Terra, onde foi recebido por Sebastião Salgado, fundador da ONG ambiental ao lado de Lélia Wanick Salgado. O príncipe conheceu o trabalho de reflorestamento de Mata atlântica desenvolvido na RPPN Fazenda Bulcão, sede do Instituto Terra em Aimorés (MG), bem como os demais programas de recuperação e educação ambiental desenvolvidos pela instituição.

A Fundação Príncipe Albert II de Mônaco acaba de assinar convênio com o Instituto Terra para apoiar o programa de recuperação de nascentes Olhos D’Água. A fundação destinou 80 mil Euros para revitalizar 50 nascentes da bacia do rio Capim, na Bacia Hidrográfica do Rio Doce. O trabalho de proteção dessas nascentes será realizado num período de 12 meses e envolverá assistência direta a 50 pequenos produtores rurais.

Programa Olhos D’Água

Desenvolvido pelo Instituto Terra desde 2010, o “Olhos D`Água” já envolve sete municípios banhados pela bacia hidrográfica localizada entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e foi escolhido pela ONU-Água, em 2011, como uma das 70 melhores práticas para a recuperação e conservação dos recursos hídricos em nosso planeta. O programa se divide em projetos menores, com parceiros, patrocinadores e locais de atuação diferentes. Além disso, todos os projetos envolvem a mobilização das comunidades e dos pequenos proprietários rurais, do poder público municipal e do Comitê da Bacia.

Em essência, o programa “Olhos D`Água” exige um longo processo de conscientização a partir da mobilização de pequenos produtores rurais (a maioria das nascentes se encontra dentro dessas pequenas propriedades), além da elaboração de projeto técnico de uso e ocupação do solo e da distribuição de insumos para proteção e recuperação dos mananciais. Após a conclusão dessas primeiras etapas, o Instituto Terra também realiza, por um período de três anos, o monitoramento da vazão e qualidade da água das nascentes protegidas.

Rio Doce

A Bacia hidrográfica do Vale do Rio Doce se estende entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e banha 230 municípios, sendo 28 no Espírito Santo e 202 em Minas Gerais. Sua extensão abrange uma área de 8.264.600 hectares (INPE, 2000), ou 82.646 km2, o que equivale à superfície de um país como Portugal. Com um total de 853 quilômetros de percurso, o Rio Doce deságua na Vila de Regência, em Linhares (ES).

Instituto Terra

Fundado em 1998 por Lélia Deluiz Wanick e Sebastião Salgado, o Instituto Terra é uma associação civil, sem fins lucrativos, que promove a recuperação da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce há 14 anos. Atua através da restauração ecossistêmica, produção de mudas nativas, extensão ambiental, pesquisa científica aplicada e educação ambiental, em municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. Sua sede se localiza na Fazenda Bulcão, em Aimorés (MG), área reconhecida como Reserva de Patrimônio Natural (RPPN).  O título conserva seu ineditismo por se tratar da primeira RPPN criada em uma área degradada, com o compromisso de vir a ser recuperada. Ao todo, desde sua fundação, o Instituto Terra já  contabiliza 5,5 mil hectares de Mata Atlântica em processo de recuperação no Vale do Rio Doce e a produção de mais de 3,5 milhões de mudas nativas. E mais que plantar árvores e recuperar fontes de água, desde o início os fundadores se mobilizaram para tornar o Instituto Terra em um pólo irradiador de uma nova consciência ambiental, baseada na recuperação e conservação florestal, aumento da produção agrícola e melhoria da qualidade vida no meio rural. Até o momento, mais de 700 projetos educacionais já foram desenvolvidos para um público superior a 66 mil pessoas, de 176 municípios do Vale do Rio Doce. Mais informações no site www.institutoterra.org.

Maria Helena Fabriz - portalcaparao@gmail.com

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