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Manhumirim inicia projeto para revitalização da indústria têxtil

11/03/2013 - Atualizado em 11/03/2013 11h20

A prefeita Darci Braga teve encontro com o diretor do SENAI de Muriaé, José Júnior Lima (à esquerda) e  o especialista em vestuário e confecções, Aldo Santos.

MANHUMIRIM (MG) - Dividido em três etapas, o projeto da prefeitura de Manhumirim desenvolver o setor têxtil deu os primeiros passos na última segunda-feira (04/03). Após uma manhã de reuniões entre a prefeita, Darci Braga, e os representantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-MG), foram visitadas confecções com objetivos de divulgar a parceria firmada pela prefeitura e conquistar a adesão dos empresários do setor.

Durante a reunião, que aconteceu no gabinete da prefeita, o diretor do SENAI de Muriaé, José Júnior Lima, que é administrador especializado em desenvolvimento local, destacou que a indústria de confecções é extremamente importante para a geração de emprego e renda. Neste sentido, a prefeita Darci Braga expos sua preocupação em inserir a população com baixa escolaridade no mercado de trabalho, meta que se tornará mais viável através de cursos de qualificação de mão de obra realizados no município.

Durante a visita às confecções de Manhumirim, 100% dos pequenos e médios proprietários disseram ser favoráveis à implementação do projeto, uma vez que a falta de profissionais capacitados é um empecilho para o aumento da produção. Segundo a empresária do ramo de uniformes, Raimunda Louback, sua confecção poderia triplicar o número de peças vendidas se houvesse funcionários para o serviço. Atualmente, Raimunda costura para clientes como a Embrapa e a USP, e já houve meses em que não conseguiu entregar todas as encomendas. “Produzo cerca de 600 unidades para um cliente, mas o pedido dele é de 2 mil. Infelizmente não dá para fabricar sem a mão de obra certa”, lamenta.

A situação da empresa de Raimunda é a mesma de outras situadas em Manhumirim e cidades da região.  O aceleramento do processo de fabricação não permite mais às empresas contratar aprendizes. Como a concorrência do mercado é acirrada, a confecção precisa de funcionários que já dominem a técnica. Será aí que a parceria entre a prefeitura e o SENAI poderá ajudar os pequenos produtores e a comunidade.

O projeto

A fase inicial do projeto é a consolidação da parceria entre a prefeitura, o SENAI e as confecções. Em negociação desde janeiro, as duas primeiras começaram a  abordagem aos pequenos empresários na segunda-feira, 4 de março. Finalizada esta etapa, o SENAI enviará um especialista em vestuário para analisar internamente cada confecção, suas possíveis causas de prejuízo e as metas que deverão ser cumpridas para aumentar a produção e as vendas.

Após o diagnóstico de cada empresa parceira, a segunda fase consistirá no treinamento da mão de obra que já está empregada. Para isto, o SENAI realizará os primeiros cursos de formação profissional. A partir daí, a prefeitura poderá iniciar a terceira etapa do projeto que consistirá na formação de turmas de aprendizes com vagas abertas à comunidade.

Além de técnicas profissionais de corte, costura e acabamento,  a formação pelo SENAI inclui conhecimentos de administração, legislação de mercado, linhas de crédito e financiamento, liderança,  agregação de valor ao produto e à marca, terceirização de serviços e expansão do negócio.

Resultados vizinhos que animam

Os resultados da parceria firmada entre a prefeitura de Muriaé, o SENAI e empresas do município são exemplos que motivam lideranças políticas da região. Em Muriaé, o SENAI tem mais de 70 anos de fundação, possui cerca de 2500m² destinados a instalações e equipamentos industriais de última geração, atua com 32 funcionários e qualifica em média 2 mil pessoas por ano, atendendo cerca de 60 empresas em consultoria de processo produtivo.

Como destaca o diretor do SENAI, José Júnior Lima, “não é à toa que Muriaé se tornou o Polo da Moda na região”, e a parceria da prefeitura com os pequenos e médios empresários tem sua responsabilidade nisso.

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