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Economia

Rotary lança o Projeto Acolher

24/05/2013 - Atualizado em 24/05/2013 09h27

MANHUAÇU (MG) - O Rotary Club de Manhuaçu lançou uma campanha que tem como foco o resgate social de pessoas que vivem mendigando ou abandonadas nas ruas.  O Projeto Acolher parte da proposta de que a sociedade “Não doe esmolas, doe cidadania” e quer envolver setores da sociedade civil organizada, empresas e o poder público.

O lançamento foi na sede do Rotary Club e reuniu o presidente Francisco Nunes, acompanhado dos responsáveis pelo projeto André Amaral e Ângela Lima, o Promotor de Justiça Dr. Carlos Samuel, o Presidente da Câmara Maurício Júnior, o Secretário de Trabalho e Desenvolvimento Social Marcilon Breder, o Comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar Tenente-coronel Santiago e a Presidente da Fumaph Dra. Regina Pires.

O objetivo da ação é mobilizar a sociedade civil a combater a mendicância de crianças, adolescentes e adultos nas ruas. De acordo com o presidente do clube, Francisco Nunes, a campanha tem caráter permanente e visa apoiar ações da sociedade e de várias entidades num esforço conjunto.

APRESENTAÇÃO

A primeira parte da reunião foi marcada por uma apresentação do trabalho que é desenvolvido pela Fumaph e pelo CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Os assistentes sociais Amadeu Brandão e Adriana Salazar apresentaram as ações já desenvolvidas, citaram dificuldades e a importância do apoio e participação de mais setores da sociedade.

“Já conseguimos retirar diversas pessoas dessa vida, mas muitos permanecem e não serão com esmolas que eles vão se recuperar e abandonar as ruas”, disse Amadeu Brandão, lembrando o trabalho de abordagem e acompanhamento que é feito desde o ano passado pela equipe da Fumaph e CREAS.

Segundo ele, diariamente é feita varreduras nas ruas, em busca dos pedintes para saber o motivo pelo qual estão vivendo dessa forma. A partir de então, um trabalho de reestruturação familiar é oferecido ou um encaminhamento quando é um andarilho.

CAMPANHA

Em seguida, o coordenador do projeto “Acolher – Não doe esmolas, doe cidadania”, André Amaral, detalhou a missão e os objetivos da campanha. Ele mostrou também como ela será articulada com vários parceiros.

Dentro da campanha está prevista a promoção de ações incentivando a população a participar do projeto e realmente apoiar soluções para a questão, que tem aumentado na cidade.

“Sabemos que a população dá esmola pensando em ajudar. Entretanto, muitos desses moradores de rua e andarilhos gostaram do ganho que têm em Manhuaçu e esse procedimento não ajuda o desenvolvimento de trabalho da assistência social. Tem diversas maneiras de se ajudar essas pessoas, a principal é avisando a secretaria que irá saber qual a necessidade de cada uma delas e encaminha-las para uma recuperação”, detalhou André Amaral.

APOIO

As histórias que levam as pessoas às ruas são as mais diversas.  O trabalho desenvolvido pelo CREAS, por exemplo, mostra que pessoas viciadas tinha vontade de parar de usar cocaína, crack e largar o álcool, mas não sabiam, como superar a situação sozinhas e encontrram no CREAS e na Fumaph a oportunidade de mudar de vida. Eles recebem as orientações e os encaminhamentos necessários e podem ser resgatados.

O presidente da Câmara de Manhuaçu, Maurício Júnior, destacou que o projeto precisa de apoio e participação da sociedade para promover novas histórias desse tipo. “A iniciativa do projeto terá o nosso apoio. Ao dar cidadania, bem estar, ao invés de uma esmola, vamos possibilitar a eles a oportunidade de recomeçarem seu projeto de vida, auxiliando na reconquista de sua autonomia e os motivando a conseguirem um emprego, por exemplo, e a recuperarem seu convívio social”, analisou.

Além do poder público, evidenciado também pela parceira do Secretário de Trabalho e Desenvolvimento Social, Marcilon Breder, representando o prefeito Nailton Heringer, a ação ganhou ainda a chancela da Polícia Militar.

Segundo o Comandante Tenente-coronel Santiago, “quando há um problema, a Polícia Militar é porta de entrada para resolver isso. Contudo, são cidadãos que não podem ser deixados à margem da sociedade. Queremos ser parceiros e ajudar a resgatar essas pessoas”.

A reunião também evidenciou a existência de serviços interessantes em funcionamento e projetos, contudo houve a cobrança por políticas públicas estruturas para o acolhimento e até mesmo um lar provisório para que essas pessoas tenham alimentação e abrigo.

Carlos Henrique Cruz / Jailton Pereira - portalcaparao@gmail.com

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