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Região poderá ter vaga no Conselho Nacional de Café

07/08/2013 - Atualizado em 07/08/2013 09h23

Luiz Américo, Antônio, Admar, Marcelo e Flávio Bahia com os deputados Odair Cunha e Silas Brasileiro

 

BRASÍLIA (DF) - Representantes da cafeicultura das Matas de Minas receberam convite para integrarem o Conselho Nacional do Café (CNC). A iniciativa foi do deputado federal Silas Brasileiro, presidente executivo do CNC. Ele conversou com o presidente da Câmara do Café das Matas de Minas (CCMM) Admar Soares e o vice-presidente Flávio César Bahia.

A comitivida da região esteve em Brasília (DF) na segunda-feira para acompanhar o anúncio de ações de apoio para a cafeicultura e reclamou a falta de representatividade, apesar da região produzir 25% do café de todo o estado de Minas Gerais.

Além dos dois líderes, a comitiva foi integrada pelos diretores Hélio Emerick, Marcelo Pereira Amorim e Antônio José Seniqueli. O grupo foi ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para acompanhar o anúncio do pacote para amenizar a grave crise vivenciada pela cafeicultura.

Eles saíram frustrados com a decisão do Governo Federal de adiar para quarta-feira a divulgação. “Nós realmente lamentamos bastante. Saímos da nossa região, fomos até Brasília e, no final, informaram que não iriam divulgar mais as medidas. As Matas de Minas produzem muito café e têm direito de participar das decisões que envolvem o setor”, pontuou Flávio Bahia.

Apesar de ser uma entidade recém-formada e com a sua primeira diretoria definida de forma provisória, a CCMM quer participar ativamente das definições da política cafeeira nacional, como já fazem outras regiões produtores. A entidade foi criada durante as duas manifestações que os cafeicultores realizaram, no distrito de Realeza, em julho.

“A grande notícia é que, a partir do momento que a Câmara do Café das Matas de Minas vem oficializar para o CNC o seu interesse em participar das reuniões, nós vamos coloca-los como membro honorário para defender efetivamente uma região que é tão importante”, informou Silas Brasileiro, deputado federal.

O Conselho Nacional do Café (CNC) é uma entidade privada que congrega produtores, cooperativas, associações de cafeicultores e federações de agricultura de estados produtores. Com essa abrangência, a entidade representa um universo de aproximadamente 270 mil produtores, em sua maioria de pequeno porte. Fundado em 1981, por iniciativa de vários líderes da cafeicultura nacional, o CNC tem o intuito de defender e promover os direitos e interesses dos produtores de café do Brasil. Sua atuação está sempre ligada aos princípios do desenvolvimento sustentável, em suas dimensões econômica, social e ambiental.

DIRETORIA

Além dessa definição, a CCMM também elegeu sua primeira diretoria.

Presidente: Admar Rodrigues Soares. Vice Presidente: Flávio Cesar Bahia. Tesoureiro: Geraldo Terra. Vice Tesoureiro: Milton Rodrigues Bento. Secretário: Hélio Emerick. Vice Secretário: Luiz Américo Telles

Comitês: Agricultura Familiar: Marcelo Pereira Amorim e Launir Rodrigues Soares. Gestão de Projetos Sociais: Lilian Maria e Onéia Severino de Souza. Ciência e Tecnologia: Flávio Cesar Bahia. Comunicação e Marketing: Valtair da Silva Sousa (Valdir Vieira) e Marcelo Rezende. Juventude e Mulheres: Marco Antônio Domingos e Onéia Severino de Souza. Comercialização Importação e Exportação: Antônio José Seniqueli.

Conselho: Lino da Costa e Silva, Adão Saturnino e João Batista Silva Pereira

PACOTE DE VARGINHA PARA O CAFÉ

VARGINHA (MG) - A presidente Dilma Rousseff anunciou três medidas para a cafeicultura após o desembarque em Varginha (MG) na manhã desta quarta-feira (7). Entre as medidas está o lançamento de contrato de opções de venda para três milhões de sacas ao preço de R$ 343, com vencimento previsto para março de 2014. Além disso, o governo também vai financiar a estocagem do café.

Segundo Dilma Rousseff, as medidas do setor cafeeiro passam a valer imediatamente. Esta era uma das reivindicações dos cafeicultores, já que hoje o preço médio de venda do café gira em torno de R$ 280 e conforme os produtores, os custos de produção chegam a R$ 360 por saca.

"A situação do café no cenário internacional é de preços voláteis e nosso governo tem tomado medidas para reduzir esses efeitos para os produtores brasileiros. A primeira medida dá um cenário de tranquilidade para o produtor, já que ele terá a certeza que terá um contrato de opção para março de 2014 em um monte expressivo. Além disso, vamos financiar a estocagem para que os cafeicultores que estão começando a colher não precisem comercializar a preços que não são os melhores para eles. Vamos disponibilizar recursos para começar imediatamente a compra do café pelo preço minímo", disse a presidente em entrevista para rádios locais no aeroporto.

Carlos Henrique Cruz / Com informações do G1 Minas - portalcaparao@gmail.com

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