2ª Feira de Negócios Coocafé é sucesso

AREADO / LAJINHA (MG) - A segunda edição da Feira de Negócios da Coocafé terminou na sexta-feira, dia 16, alcançando grande sucesso. O evento recebeu milhares de produtores durante os dois dias de realização. Ao todo cerca de trinta empresas e parceiros estiveram presentes nos cinquenta estandes montado no espaço do Armazém Coocafé, em Areado, no município de Lajinha.

Em entrevista ao Portal Caparaó, o Diretor Presidente da Coocafé, Fernando Cerqueira, disse que a feira de negócios atendeu às expectativas e até surpreendeu a organização. “Passamos alguns meses planejando esse evento, negociando com os principais fornecedores e também com o sistema financeiro, já que também vieram os parceiros Sicoob Credicaf, Banco do Brasil e Banestes. É uma feira voltada para negócios. O nosso objetivo foi oferecer as melhores condições do ano para o produtor: nos prazos, nos financiamentos e nos preços. Fizemos um grande volume de negócios justamente porque os produtores encontraram um evento diferenciado para eles”, avalia.

Além das exposições e condições diferenciadas, a Feira de Negócios teve dois grandes palestrantes. O consultor internacional Carlos Henrique Jorge Brando e o Professor José Luiz Rufino apresentaram palestras que agregaram novas informações sobre o mercado e o cultivo de café nas regiões das Matas de Minas e montanhas do Espírito Santo.

“Um trouxe a experiência e informações sobre mercado e do marketing do café no mundo todo, com foco nas tendências do mercado. O outro, um técnico com ampla experiência sobre a cafeicultura da nossa região, veio com muitas informações sobre o cultivo para orientar os produtores. Num momento de dificuldades de preço, o cafeicultor deve se manter informado e buscar alternativas de negócios, por exemplo, se unindo na cooperativa. Juntos vamos superar esse momento de preços baixos”, destacou Fernando Cerqueira.

MEDIDAS DO GOVERNO

Além de avaliar o desempenho da Feira de Negócios, o presidente da Coocafé falou sobre o pacote de medidas para a cafeicultura, divulgado pelo Governo Federal. Para ele, ainda foi bom que saiu, mas muito tardiamente. “Pelo menos chegou. Reconhecemos que foi o pacote com os maiores recursos da história. Agora existe um segundo problema. O mercado ainda não reagiu ao anúncio do governo. Estamos realmente esperando que coloquem as medidas para funcionar e assim vermos um retorno. Depois disso, produtor irá procurar o banco para fazer retenção de café, ter acesso a opções oferecidas pelo governo. Eu acredito que o pacote vem ajudar o ordenamento da oferta”.

Segundo o dirigente, a maior vantagem é que o produtor vai poder fazer a opção de não vender o café com pressa, num momento de dificuldade. “Ele irá poder financiar e vender com o melhor preço. O que eu aconselho aos produtores, mesmo tendo doze meses de prazo para pagar o financiamento, é que aproveitem as altas do mercado e venda o café para liquidar a dívida”.

Carlos Henrique Cruz - portalcaparao@gmail.com