Portal Caparaó - Peças de ferro-velho ganham rodas e viram atração
Economia

Peças de ferro-velho ganham rodas e viram atração

23/08/2013 - Atualizado em 23/08/2013 08h15

MANHUAÇU (MG) - Uma engenhoca jamais imaginada pelo Professor Pardal está chamando a atencão das pessoas por onde passa. Uma mistura de motocicleta com bicicleta que, o mecânico e ex-caminhoneiro, Clécio Magela Costa prefere chamar de "Triciclo Motorizado", com duas rodas traseiras, um bagageiro e um reboque, que pode carregar objetos diversos.

O projeto elaborado com tantas rodas é para dar mais  conforto, segurança, estabilidade  e uma viagem segura, a partir de peças de ferro-velho.  Agora,ele espera que alguém possa interessar pelo seu projeto, que foi desenvolvido para atender as necessidades de deficientes físicos, cadeirantes e até mesmo pessoas que gostam de passear por aí, sem poluir o meio ambiente. A invenção possui 75 centímetros, para facilitar a passagem na porta da residência e evitar garagem.

Clécio Magela é morador de Manhuaçu há muitos anos e, tem como profissão fazer de tudo um pouco, como dirigir caminhão, mecânico, mas há 13 anos passou a dedicar todo o tempo à elaboração e execução do projeto do "Triciclo Motorizado", que, por diversas vezes já foi refeito até chegar a esse ponto. Segundo ele, para desenvolver a engenhoca fugiu completamente do  mundo real e, se refugiou dentro de uma oficina para colocar em prática sua ideia: "Agora meu invento está satisfatório, com peso equivalente. Gostaria de ver essa bicicleta sendo fabricada em série, com material  de fibra carbono ou alumínio", destaca o inventor Clécio Magela Costa.
Clécio Costa conta que uma das vantagens do "Triciclo" é que, o transporte pode servir de reboque, que suporta até 200 quilos. "Para os deficientes significa liberdade, pois eles podem colocar a cadeira na parte de trás", lembra.

Movido a gosolina e fazendo 60 quilômetros por litro de combustível, o Triciclo possui vários amortecedores, retrovisor e um farol. A construção do "Triciclo", como é por ele chamado levou 13 anos. Motor desenvolvido pelo próprio inventor possibilita o movimento com exatidão, sendo controlado pelo piloto, bem como a caixa de marcha criada pelo inventor, será uma revolução em toda ótica com relação as bicicletas e todos os veículos movidos a pedal. "Será uma metamorfose tudo isso. Falo com base em fatos concretos e a experiência de 50 anos como mecânico", frisa o inventor Clécio Costa.

Para a montagem do projeto, o inventor contou com o serviço do amigo e serralheiro, João Batista de Oliveira que desenvolveu máquinas especiais para fabricar cadeiras e, para cortar as peças em tamanhos exatos do Triciclo. João  Batista era sempre consultado por Clécio, quando surgia alguma dúvida na montagem estrutural do Triciclo.

Caso acabe  o combustível,funciona também como bicicleta e, ganha a ajuda de uma alavanca acoplada a uma engrenagem, que impulsina as rodas traseiras. Desde o primeiro protótipo,  Clécio Costa viajou para Belo  Horizonte, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Agora,com toda a estrutura modificada e moderna, o Professor Pardal espera voltar à Belo Horizonte para mostrar a bicicleta do seu "sonho". Ele conta que gasta doze horas de Manhuaçu, ao centro da capital mineira.

O invento de Clécio Costa foi patenteado por três vezes, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Os interessados na criação do "triciclo"podem entrar em contato com Clécio Costa pelo telefone (33) 3332-1060.

Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com

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