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BRASÍLIA (DF) - A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, 19/11, 25 suspeitos de práticas de pedofilia, em onze estados brasileiros – Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Bahia e Goiás. A PF apreendeu com os detidos imagens e vídeos que mostram crianças de seis meses a 16 anos de idade sendo abusadas sexualmente.
Em Minas Gerais, foram cumpridos mandados de busca em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Manhuaçu, Montes Claros, Varginha e Pouso Alegre. Uma pessoa foi presa em Andradas.
Os investigadores identificaram os suspeitos em uma rede social russa utilizada pelos pedófilos para compartilhar pornografia infantil com pessoas de diversos países.
Segundo o delegado Flavio Setti, do Paraná, o suspeito criava um perfil e postava álbuns no site para ter acesso ao conteúdo dos demais usuários. “Publicar imagens era a moeda de troca para obter mais imagens”, afirmou Setti, em entrevista na sede da Superintência da PF em Curitiba.
Segundo o delegado, a rede tinha cerca de 300 usuários brasileiros – alguns deles residentes nos Estados Unidos. Nesta terça, a Justiça Federal expediu 85 mandados de busca e apreensão. Para cumprir a ordem judicial, foi mobilizado um efetivo de 400 policiais em 45 municípios. A operação, batizada de Glasnost – em referência à palavra russa que significa transparência -, contou com o apoio da Interpol e do FBI (Federal Bureau of Investigation).
Entre os suspeitos está um pai que abusava da própria filha, de cinco anos, professores, um policial militar, um oficial da Aeronáutica, um chefe de grupo de escoteiros, um médico e um estudante. “Em sua maioria, os pedófilos eram pais ou pessoas próximas às crianças. São imagens revoltantes”, disse o delegado, referindo-se a vídeos e fotos que mostram bebês sendo explorados.
A PF não quis informar o nome e o endereço do site russo porque ele ainda não foi retirado do ar pelas autoridades do país. O balanço apenas divulgou a quantidade de ações, mas não informa nomes.
Assessoria de Comunicação da PF