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Pais cobram reforma na escola da Vila Formosa

05/02/2014 - Atualizado em 05/02/2014 13h31

Em dezembro, o caos das infiltrações levou a escola à interdição

 

MANHUAÇU (MG) - Um novo capítulo da novela envolvendo a interdição da Escola Municipal Oswaldo Teixeira Cerqueira na Vila Formosa. Pais de alunos fizeram um protesto e não deixaram que as aulas recomeçassem nesta terça-feira, 04/02.

No final do ano letivo de 2013, uma infiltração derrubou parte do forro de PVC. A água estava acumulando na parte de laje e na cobertura da escola.

Em dezembro do ano passado a escola foi embargada depois de uma vistoria do Corpo de Bombeiros. Em seguida a Defesa Civil também esteve no local. Além disso, vereadores foram duas vezes ao prédio escolar. Foram encontradas várias infiltrações, rachaduras e danos na laje.

Sem solução para os problemas e sem um laudo técnico, os pais não aceitaram que seus filhos voltassem a estudar na escola. Eles tiveram uma reunião na semana passada com a Secretária de Educação, Gelvânia Câmara Marques. Ela alegou que as aulas na escola começariam somente, após uma nova vistoria técnica realizada por um engenheiro e uma reunião com os pais.

Isso não aconteceu. Diante da falta de cumprimento do acordo, houve novo protesto.

SÓ PINTURA

Dona Iolanda Ribeiro argumenta que a comunidade quer uma escola segura para os alunos. “Foi feita apenas uma pintura. Não teve nenhuma garantia de que a escola está segura. Não resolveram os problemas. Colocaram massa corrida para cobrir as rachaduras. Também não aconteceu a reunião prometida pela Secretária de Educação. Ela veio aqui, liberou a escola, mas nem conversou conosco. Parece que veio escondida da gente”, criticou.

A mãe também alegou que não aceita colocar os filhos na sala em que a laje teve maiores danos. “Não queremos um papel assinado. Isso não vai devolver a vida dos nossos filhos se acontecer um acidente. A laje estava trincada e cheia de problemas. Quando chove, desce água nas lâmpadas e nas paredes, como se nem tivesse cobertura. Queremos que fechem uma parte da escola e façam a obra de reforma direito. É preciso derrubar essa laje comprometida”, declarou Iolanda Ribeiro.

Outra mãe de estudante, Carla Labanca, diz que os pais não vão deixar a escola funcionar até o dia que nos derem uma garantia. “A nossa escola já é pequena e não suporta a demanda, mas nem estamos brigando por isso. Queremos é que seja feita uma reforma. Outra coisa é quanto a nucleação. Não vamos aceitar trazer mais alunos para um prédio em que a laje está com rachaduras e o chão está cheio de problemas”, argumenta.

Ela alegou ainda que está brigando pela escola, apresentou vídeo feito no dia da queda do forro de PVC. Para Carla Labanca, as autoridades se esqueceram muito fácil do acidente que vitimou uma professora e onze estudantes quando um ônibus de transporte escolar rolou por uma ribanceira, na estrada da comunidade até Ponte do Silva. “Nós não vamos deixar isso se repetir. Estamos brigando por ter a escola reformada direito. Disseram que iam reformar e não fizeram coisa alguma. Só jogaram tintas nas paredes. É uma falta de respeito com a comunidade”, pontuou.

Os pais ainda reclamaram que a Secretaria de Educação e a Prefeitura de Manhuaçu não se reuniram com a comunidade.

O pai de aluno Giovane Carlos diz que não estão exigindo nada demais. “Queremos apenas segurança para nossos filhos. A minha filha não pretendo deixar estudar aqui nesse prédio. Nessas condições, não podem deixar os alunos virem para cá”, ponderou.

O vereador Jorge do Ibéria esteve na comunidade e garantiu o apoio da Câmara de Manhuaçu. Ele foi convidado pelos pais para ver a situação da escola, após a reforma. “A Secretaria de Educação não está valorizando as crianças. Essa escola tem um laudo de interdição e a prefeitura apenas passou massa corrida para esconder as trincas e rachaduras e pintaram. Vou levar a reclamação dos pais e exigir uma resposta da Secretária de Educação para essa comunidade”, afirmou.

REUNIÃO NESTA QUINTA

Segundo a Secretária de Educação, Gelvânia Câmara Marques, tudo será esclarecido aos pais numa reunião. “Vamos fazer uma reunião com os pais e vamos apresentar os laudos do engenheiro nesta quinta-feira, dia 06, às 18 horas. Solicitamos a cooperação dos pais para que os trabalhadores possam fazer seu serviço e os funcionários da escola possam fazer a limpeza. Iremos conversar com os pais e, se Deus quiser, na segunda-feira teremos o início das aulas”, afirmou.

Além dos laudos, ela garantiu que irão buscar atender as reivindicações dos pais e que a escola seja um ambiente seguro para as crianças. “Estamos abertos ao diálogo para esclarecer tudo e realmente oferecermos um diálogo franco. É preciso compreensão nesse momento de mudanças. Precisamos da parceria da comunidade olhando primeiramente o interesse do aluno”, argumentou a secretária.

Carlos Henrique Cruz - portalcaparao@gmail.com

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