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Polícia Civil abre contratação de agentes penitenciários

06/02/2008 - Atualizado em 09/02/2008 10h30

Dentro de 60 dias, as pessoas que trabalham como carcereiros nas 264 cadeias públicas de Minas Gerais (quase 93% nos municípios do interior) perderão seus postos. Eles serão substituídos por mil agentes penitenciários contratados para atuar na vigília das unidades prisionais. O processo de inscrição dos interessados foi aberto esta semana na Regional de Manhuaçu. A Polícia Civil vai destacar agentes para as cadeias de Manhumirim, Lajinha, Abre Campo, Mutum e Manhuaçu.

A medida faz parte de um pacote anunciado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), que agora está assumindo os problemas existentes nas cadeias junto com a Polícia Civil, que é o órgão responsável por elas. O custo da emergência será de R$ 20 milhões. Serão substituídos aqueles que exercem a função sem treinamento específico e fazem parte de algum tipo de convênio.

REGIONAL DE MANHUAÇU

A Polícia Civil em Manhuaçu já começou a divulgar o processo de inscrições. Os interessados devem ter entre 21 e 40 anos, possuir segundo grau completo e não podem ter antecedentes criminais.

O processo é bastante simples. O candidato, morador da cidade ou com disponibilidade para morar no município da cadeia em que pretende trabalhar, deve apresentar um currículo com dados pessoais, formação escolar e dados profissionais, além de cópia de CPF e Identidade.

“Basta que a pessoa procure a Delegacia em Manhuaçu ou nas outras cinco cidades que têm cadeia e se inscrever. O processo vai até o dia 21 de fevereiro”, afirma Lidiane Santiago, responsável pelas inscrições na Delegacia Regional.

A remuneração é de R$ 1.277,00 e a carga horária é em escalas de 12 horas de trabalho por 36 de descanso.

O processo seletivo será realizado em Belo Horizonte e é composto apenas de uma avaliação psicológica. Os aprovados passarão por um curso de formação antes de assumir as funções nas cadeias.

FUNCIONÁRIOS CEDIDOS

O plano foi uma resposta à morte de oito presos por causa de um incêndio dentro da cadeia de Rio Piracicaba, na região Central de Minas. De acordo com o laudo, o fogo foi provocado pelos próprios presos, mortos por asfixia.

A pessoa que exercia a função de carcereiro da cadeia é um funcionário da prefeitura que trabalhava na prisão por meio de um convênio. No momento do incêndio, ele tinha ido para a casa com as chaves das celas, o que dificultou o salvamento. A história de Rio Piracicaba é bastante comum nas cadeias, principalmente em cidades pequenas.

Carlos Henrique Cruz - 06/02/08 - 21:49 - portalcaparao@gmail.com

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