MANHUAÇU (MG) - Na tarde de quarta (06), ocorreu o primeiro dia de júri popular da semana no Fórum Desembargador Alonso Starling, em Manhuaçu. Os trabalhos são presididos pelo juiz Marco Antônio da Silva.
Neste primeiro dia, a ré Maria das Graças Campos foi julgada por tentativo de homicídio contra Rodrigo Pimentel Gomes. A acusada foi absolvida pelo júri em decorrência da característica do crime, ou seja, ela teria tido a oportunidade de matar a vítima, mas desistiu, incorrendo apenas o crime de lesão corporal.
De acordo com um dos advogados de defesa, o que caracteriza o crime de homicídio tentado seria a interrupção do crime por um motivo alheio ao praticamente. Ele explicou que a arma utilizada no crime teria sido um facão e no momento em que a acusada teria desferido o primeiro golpes, a vítima já estava em situação vulnerável, ou seja, o único fator que impediu a ré de continuar era ela mesma, ela teria desistido, caracterizando apenas o crime de lesão corporal.
O advogado ainda ressaltou que como ficou durante cinco meses presas, o tempo cumprido já praticamente equivale à pena de lesão corporal. Segundo ele, a acusada já teve tempo suficiente para se arrepender e quitar seu débito com o Estado. Em sua sustentação oral, a defesa ainda ressaltou que o que motivou a agressão da mulher para com a vítima tinha sido a proteção a um dos filhos: “uma mãe é capaz de tudo para proteger se filho”, foi a fala final do advogado de Maria.
O promotor de Justiça responsável pelo caso, Renan Cota Coelho, também pediu a absolvição da ré.
Na plateia, alunos da Escola do Futuro também puderam acompanhar o júri, além da presença da família da ré.
A data de absolvição de Maria coincidiu com o aniversário de sua mãe e as duas se abraçaram muito emocionadas.
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