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Torres de celular: começa uma nova polêmica

05/04/2007 - Atualizado em 08/04/2007 21h27

Moradores do bairro Santana, das imediações da rua Capitão Rafael e de imóveis no loteamento novo na comunidade vigiaram durante toda a sexta feira um terreno na parte alta do bairro, para tentar evitar a construção de uma torre de telefonia celular. Depois disso, que gerou até ocorrência policial, moradores fizeram uma mobilização, liderados pelo médico Gláucio Quarto Martins, que é o vizinho do novo empreendimento da Claro. “A torre deles vai ficar a uns cinco metros do muro da minha casa”, afirma.

O local, um lote plano de terra vermelha, foi alugado para empresa instalar sua torre. A polêmica ganhou as ruas na semana passada quando foi instalada uma cancela, de forma precária na entrada do condomínio particular. Com o bloqueio os moradores reclamaram da instalação do equipamento. “Uma torre de telefonia celular só deve ser instalada após informação da população local e um consenso entre a população, as autoridades e o pessoal de saúde”, argumenta o médico.

COAMMA

O tema chegou à reunião do Conselho das Associações de Moradores de Manhuaçu (Coamma) no último domingo. O médico esteve no encontro dos dirigentes e apresentou estudos sobre a polêmica instalação de antenas de telefonia celular, as chamadas Estações de Rádio Base.

Para o ele, a questão da torre precisa ser analisada com cuidado e lembrou, inclusive de relatos com reclamações de moradores da região do bairro Nossa Senhora Aparecida, onde existem três torres instaladas. Ele admite que existe uma discordância no meio científico sobre os impactos da torre, mas baseou-se numa pesquisa recente que aponta malefícios e recomenda a retirada desses equipamentos de áreas residenciais.

“Eu considero isso uma preocupação que precisa ser de todos os moradores. Querem instalar uma torre e nem consultam os moradores. Tenho aqui um artigo que aborda esses malefícios e a associação das torres com doenças por isso estou preocupado com minha família e com os moradores naquela região”, afirmou.

O presidente do Coamma, Vasco Fernando, explica que o debate sobre o tema chega numa boa hora: “tanto para discutirmos essa torre, quanto as outras três no antigo campo de aviação, no bairro Nossa Senhora Aparecida”, afirmou.

Ele diz que o grupo pretende se mobilizar e até uma manifestação pública pode ser organizada. “Já temos os moradores procurando o Ministério Público e estamos dispostos a debater o tema em profundidade. Essa torre nova e as outras precisam ser analisadas sob o ponto de vista da saúde dos moradores”, disse.

O VELHO ARGUMENTO DAS EMPRESAS

As empresas de telefonia sempre argumentam que nenhuma antena de celular tem potência suficiente para causar qualquer efeito mensurável sobre organismos vivos. Mesmo se alguém morar a uma distância pequena, o total cumulativo de ondas eletromagnéticas que recebe por ano é menor do que ficar ao lado de um forno de microondas por alguns minutos ou que ficar tomando sol na piscina por algumas horas, exposto às radiações solares (também eletromagnéticas) muito perigosas para a pele.   Carlos Henrique Cruz - Com informações de Eduardo Satil - 05/04/07 - 18:22 

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