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Economia

ANP fecha o posto Gentil em Manhuaçu

14/03/2008 - Atualizado em 16/03/2008 12h10

 

O Posto Gentil foi fechado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) durante a tarde desta quinta-feira. Lançado com uma campanha agressiva de preços, o posto ficou um mês em funcionamento na cidade e agora teve que suspender os serviços de abastecimento por falta de alvará de funcionamento e outras irregularidades junto ao órgão regulador do setor.

Para mostrar a revolta, a direção do posto Gentil afixou uma faixa com o texto: “Este posto fechado é uma vitória da prefeitura municipal. É o fim da garantia de que não haverá cartel”. Além da divulgação no próprio posto, funcionários fizeram um apitaço no centro da cidade no final do dia. Com a faixa, eles exibiram o problema para todos os motoristas que passavam pelo cruzamento da Praça Cinco de Novembro com Luis Cerqueira.

De acordo com o posto, o fechamento foi motivado pela falta de alvará de funcionamento. Os fiscais da ANP chegaram e queriam os documentos que permitiam o estabelecimento funcionar. O principal documento, emitido pela prefeitura, ainda não têm.

Já a Prefeitura de Manhuaçu se limitou a informar que o Alvará de Funcionamento não foi concedido porque a empresa não apresentou os documentos previstos na legislação municipal. O posto tem apenas o alvará de construção, que permitiu a execução da obra.

De acordo com a Secretaria de Fazenda de Manhuaçu, o fechamento foi uma medida administrativa da ANP e não da prefeitura.

PRESSÃO

A reação foi imediata. Os clientes chegavam ao posto, tentavam abastecer e ao saber do que estava acontecendo, dispararam críticas a Agência e à Prefeitura. Ao longo de sua inauguração e antes mesmo de começar a funcionar, o posto vinha enfrentado pressão dos concorrentes.

Para os consumidores, a “briga” não interessa. O que todos gostaram foi que a guerra de preços gerou uma redução significativa no combustível comercializado na cidade.

Antes do posto Gentil ser inaugurado, a gasolina esta “tabelada” a R$ 2,59 e o álcool a R$ 1,79 em todos os postos numa atitude que os empresários do setor chamam de uma “coincidência” e o povo prefere usar o nome apropriado: cartel – acordo entre os postos para manter o mesmo preço. O Ministério Público nunca se pronunciou sobre a questão.

Depois que o novo concorrente entrou, os preços caíram aos incríveis 2,03 e estacionou a 2,18 nos últimos dias. Para se ter uma idéia do abalo causado, o local em que a gasolina está mais cara ainda é mais barato do que antes: R$ 2,49.

Para os clientes, houve pressão dos outros postos para que Gentil fosse tirado do mercado à força.

Carlos Henrique Cruz - 07:40 - 14/03/08 - portalcaparao@gmail.com 

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