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Economia

Força e Luz passa a se chamar Energisa

29/03/2008 - Atualizado em 01/04/2008 10h35

Uma empresa de mais de um século de existência decide mudar o nome para iniciar uma nova fase de sua história. A decisão marca o fim do processo de reestruturação que incluiu a entrada de novo sócio, eliminação de empresas, venda de ativos e definição de novos focos de negócio. O Sistema Cataguazes-Leopoldina, em conseqüência das profundas mudanças, definiu a troca de nome para Grupo Energisa. A transformação também afetará os consumidores que terão que se acostumar com as novas razões sociais das distribuidoras: Cenf (RJ), Celb (PB), Saelpa (PB), CFLCL (MG) e Energipe (SE).

Segundo Ricardo Botelho, presidente do grupo Energisa, o objetivo da nova holding é mostrar-se como uma empresa de âmbito nacional. "Não é comum no setor elétrico, mas uma marca deve ser trabalhada para acrescentar valor", observou o executivo em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 12 de março, para apresentar a nova marca e os resultados financeiros de 2007. A primeira fase do processo de mudança da marca deve ser concluído até 30 de abril, quando acontecem assembléias gerais extraordinárias dos acionistas das distribuidoras, nas quais serão discutidas as mudanças.

As distribuidoras passam a usar um único nome - Energisa - para unificar a identificação do grupo. Contudo, por razões regulatórias, as empresas também vão portar a designação da região de concessão, por exemplo, a Cenf passa a se chamar Energisa Nova Friburgo e a Saelpa, Energisa Paraíba. Também foram constituídas as subsidiárias Energisa Geração e Energisa Comercializadora, além de duas empresas de serviços. "Temos as mesmas práticas e os mesmos métodos de gestão, agora adotamos uma marca única", explicou Botelho.

A troca da identificação das empresas passará por duas fases. Na primeira etapa, serão investidos R$ 3,3 milhões na campanha publicitária para anunciar as mudanças, além da troca dos logotipos em uniformes, na frota de veículos e nas contas de luz. As lojas de atendimento das distribuidoras serão modificadas ao longo deste ano e 2009. "Já temos o projeto arquitetônico, mas queremos avançar com algumas mudanças de postura no atendimento", frisou. O projeto de reforma das lojas ainda não está orçado, completou Botelho.

A Energisa nasce com um valor de mercado de R$ 2 bilhões, segundo balanço da empresa. O grupo tem como acionista controlador a família Botelho, que detém 35,1% do capital total e 62,7% do capital votante. A Sobrapar tem 56,1% do capital total e 33,8%, do capital votante. O restante das ações está no mercado. Ano passado, a empresa vendeu ativos de geração avaliados em R$ 545 milhões e eliminou empresas de participações. A CFLCL, que funcionava como empresa operativa e holding, passou a ter papel apenas de distribuidora.

Alexandre Canazio, da Agência Canal Energia

29/03/08 - 09:32 - portalcaparao@gmail.com 

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