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Polícia Civil prende dois acusados de latrocínio

04/12/2015 - Atualizado em 05/12/2015 11h47

MANHUAÇU (MG) - A Polícia Civil de Manhuaçu prendeu os dois acusados do latrocínio contra o aposentado José Gonçalves Filho, 75 anos. Ele foi morto na zona rural do distrito de São Sebastião do Sacramento, na manhã de domingo, 29/11, enquanto caminhava para ir à missa. O corpo só foi encontrado numa lavoura na noite de quarta-feira.

Nesta quinta-feira, a equipe do Delegado de Homicídio Dr. Getúlio Lacerda, conseguiu fechar as investigações e prender os dois acusados: Gabriel Alves da Silva e Antônio Lopes Gonçalves (Toninho), que é sobrinho da vítima.

Segundo o delegado, desde o registro do desaparecimento do senhor José Gonçalves Filho começaram levantamentos sobre o que teria acontecido. “Era um senhor pacato, participava da comunidade, não tinha inimigos e ia às missas todos os domingos. A família ficou preocupada quando verificou a casa, onde ele morava sozinho, e estava tudo revirado” detalhou.

O delegado e os investigadores Nat King Cole e César, Wendel e o escrivão Alef fizeram várias abordagens em Sacramento para tentar apurar a autoria. “Confirmamos que seria um latrocínio (mataram o aposentado para poder roubar). A perícia esteve no local e fez os trabalhos sobre o que foi levado na casa. Depois que localizaram o corpo, o perito confirmou que o aposentado foi assassinado com um disparo na região do crânio. Ele foi imobilizado e levado até a lavoura, onde foi dado o tiro”, explicou.

Na quinta-feira, os acusados Gabriel Alves da Silva e Antônio Lopes Gonçalves (Toninho), que é sobrinho da vítima, foram presos e conduzidos para a delegacia.

O delegado explica que os dois suspeitos foram questionados durante as investigações e negaram qualquer conhecimento dos fatos. “Antônio Lopes Gonçalves continua negando envolvimento no crime, mas Gabriel decidiu colaborar, contou que ficou vigiando a vítima e foi chamado pelo primeiro para ajudar”.

Getúlio Lacerda conta que houve muitas contradições entre eles e as informações das famílias.

“Houve uma frieza do sobrinho que ajudou nas buscas e na identificação do corpo. Estivemos no córrego várias vezes e não nos procurou. O revólver teria passado nas mãos da esposa e da sogra de Toninho, mas não souberam onde ele escondeu a arma. Isso também será relatado no inquérito”, pontuou.

CONFISSÃO

Gabriel Alves da Silva contou, em entrevista à reportagem, que Toninho o chamou para ficar vigiando a casa e avisar se estava se aproximando alguém, enquanto ele rendia o tio José Gonçalves. “Ele me propôs a metade do dinheiro que ele achasse em casa”, afirmou.

Ao confessar participação no crime e mostrar os locais (fotos), Gabriel contou que, no domingo pela manhã, ficaram num local em que o aposentando sempre passava para ir à missa. O rapaz disse que sinalizou que o aposentado estava sozinho e Toninho pegou o tio, fez dois disparos com o revólver e escondeu o corpo.

Ainda de acordo com o rapaz, Toninho pegou a chave e disse que iria à casa do tio. “Eu fui pra venda e fiquei esperando. Aí, falou que só achou 170 reais. Eu desconfiei e fui até a casa também. Vi que não tinha mais nada e devolvi a chave”, detalhou.

Gabriel alega que Toninho planejou o crime com antecedência e ainda lhe enrolou: “Havia dois meses que estava planejando, levou as duas armas para casa – revólver 38 e 32. (…) Eu me arrependo de tudo né. Estou no prejuízo de tudo: tanto da liberdade, como também não tive lucro algum com isso e minha família que vai ficar muito chateada com essa história. Eu só não sei onde estão as coisas que ele pegou. Eu imagino que deve ter encontrado dinheiro e falou que encontrou só 170 reais”.

Os dois foram apresentados pelo delegado Getúlio Lacerda presos no final da tarde desta quinta-feira.

Jailton Pereira - jailton@portalcaparao.com.br
 

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