MANHUAÇU (MG) - Três adolescentes foram internados em centros de ressocialização, por determinação do Poder Judiciário de Manhuaçu. Somados, os delitos dos jovens ultrapassam cem ocorrências policiais. Eles estavam infernizado a vida de proprietários de estabelecimentos comerciais e moradores de Manhuaçu.
Os nomes não podem ser revelados, já que são protegidos pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). A internação foi determinada na semana passada.
De acordo com o capitão Agnaldo Schuab, comandante da 72ª Companhia de Polícia Militar, os fatos envolvendo os três adolescentes ultrapassam cem ocorrências, como furtos, tentativa de homicídio, lesão corporal, apreensão de drogas, roubos, posse de armas de fogo. “Ou seja, são jovens que estão ativamente na prática de situações criminosas na cidade”, afirmou.
Apenas foi revelado que são dois jovens do bairro Matinha e um do Santa Terezinha. Todas as vezes que são apreendidos e conduzidos à delegacia, os jovens aproveitam para menosprezar o trabalho policial. Cientes da proteção que lhe confere o ECA, os adolescentes alegam que não vão ficar detidos mesmo.
INTERNAÇÃO
Acontece que a postura da Polícia Militar tem sido diferente em relação a isso. Com apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário, vários jovens foram internados em 2015. O ano da Justiça terminou com essa internação dos três garotos.
Foram tantos os delitos cometidos pelos três jovens que a polícia e a sociedade já não suportava ver, quase que rotineiramente, os adolescentes de volta às ruas.
Segundo o capitão Agnaldo Schuab, a decisão “foi embasada em vastos elementos das diversas ocorrências que eles figuram como envolvidos e valoradas pelo Ministério Público, indicam a habilidade e reiteração desses garotos, ancorada numa falsa ideia de impunidade”.
Para o oficial, a retirada deles das ruas vai dar um pouco de sossego para a população. “A internação é provisória, no entanto, há uma intenção de que seja realizado o julgamento rápido e aplicada uma medida definitiva”, confirma.
Capitão Schuab reforça que a medida tem impacto nos demais infratores: “Aqueles jovens que acham que porque em Manhuaçu não tem centro de internação, são avisados que não é bem assim. Estamos correndo atrás e buscamos, com apoio do Judiciário e do MP, encontrar vaga em outra cidade e viabilizar a internação apropriada. Mesmo sendo menores, não ficam impunes igual estavam acostumados. Ao longo deste ano de 2015, foram vários casos de menores internados em centros de recuperação em cidades da região do Vale do Aço e da região metropolitana de Belo Horizonte”, concluiu.
Jailton Pereira - jailton@portalcaparao.com.br

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