MANHUAÇU (MG) - Policiais militares fizeram nessa terça-feira (20/12) um protesto com indicativo de greve caso a Proposta de Lei Complementar (PLP) 257 seja aprovada pelo Congresso. A medida trata da renegociação da dívida dos Estados, mas provoca, segundo as categorias, cortes em benefícios de servidores públicos. A Polícia Civil também protocolou nessa segunda-feira (19) um documento informando que a corporação poderá entrar em greve se o texto for aprovado.
Em mobilização na capital nesta segunda, ficou decidido que a polícia e o corpo de bombeiros de Minas Gerais vão paralisar sua atividades, em protesto projeto de lei (PLP 257) que prevê regras para a renegociação da dívida dos estados com a União. As duas corporações são contra os congelamentos de salários, promoções e recrutamentos de policiais, caso o projeto de lei seja aprovado.
De acordo com o Cabo Ferreira, vice-presidente do CSCS e diretor regional em Manhuaçu, os policiais de todo o Estado estão aderindo a paralisação. Nesta terça, militares saíram em carreata do posto Sicar até o Centro de Manhuaçu. “Estamos mostrando nossa indignação. Todos juntos nesta luta!”, afirmou.
Sobre a paralisação, Cabo Ferreira disse que todos vão aguardar os desdobramentos da votação da proposta no Senado. “Esse projeto afeta todos os Estados, com destaque para polícias e bombeiros. A mobilização continua, estamos todos no mesmo barco e estamos em processo de negociação. Se for preciso parar, a polícia vai parar”, explicou.
REDES SOCIAIS
A notícia da paralisação dos PMs tem sido amplamente difundida nas redes sociais e gerado receio. Vídeos, fotografias e a orientação para que a população fique em casa são as principais mensagens divulgadas. No entanto, o movimento de greve não foi iniciado e tudo continua funcionando, por enquanto.
De acordo com as entidades, o texto afeta diretamente a previdência dos militares, os reajustes salariais, as pensões e as promoções. Como a categoria tem regime diferenciado de trabalho, a PLP 257 traz mais cortes.
Já o Governo de Minas sinalizou que não vai aderir à proposta de refinanciamento da dívida se o texto não for modificado.
Carlos Henrique Cruz - carlos@portalcaparao.com.br