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Economia

Desenvolvimento com problemas: Aciam discute questões essenciais

14/02/2007 - Atualizado em 19/02/2007 17h23

Em reunião durante a manhã desta sexta-feira, 09, a diretoria da Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios de Manhuaçu (Aciam) recebeu o juiz Vinícius Dias Paes Ristori e o Secretário de Obras Adejair de Barros, além de empresários convidados. O encontro abordou eventos que a entidade estará promovendo e ainda enfocou questões ligadas ao comércio e ao desenvolvimento regional.

O primeiro tema debatido pelo presidente André Farrath foi a questão cafeeira. Ele argumentou que o café da região ainda não conquistou espaço no mercado como deveria. “Pela qualidade que obtivemos e a melhoria que os produtores conseguiram, já era hora de encontrarmos essa marca em cafeterias e nas prateleiras dos supermercados”, reclamou. Ele citou, inclusive, a presença das marcas do Cerrado e do Sul de Minas em exposição em lojas especializadas.

Apesar de alguns produtores já terem conseguido até a certificação de origem de seus cafés, isso ainda é pouco divulgado. “Nosso café passeia bastante e acaba sendo confundido com o de outras regiões”, destacou o empresário Luiz Rufato. Alguns dos empresários ressaltaram que essa mudança é gradual e já está se consolidando.

TRÂNSITO

Durante o encontro, a questão do trânsito no bairro Coqueiro voltou à tona. Os dirigentes comemoraram o fluxo de estudantes para a cidade, mas propuseram que a Prefeitura de Manhuaçu e a Polícia Militar estudem a viabilidade de implantar estacionamento a 45º no bairro.

O secretário Adejair de Barros reconheceu a expansão do setor educacional e a concentração de três faculdades e três colégios no bairro Coqueiro. Ele diz que o problema do trânsito vem sendo analisado. “O maior obstáculo ainda é a quantidade de garagens que existem no bairro. O Coqueiro sempre foi residencial, então fica difícil criar tantas vagas de estacionamento, além da dificuldade de fazer o trânsito fluir”, afirmou.

Também foi lembrada a questão de carga e descarga. “É preciso incluir na pauta de projetos, a criação de novos sistemas para o descarregamento de mercadorias fora da cidade”, lembrou o presidente André Farrath. Com a inauguração do Hipermercado Coelho Diniz, o fluxo de veículos no centro e de descarga vai aumentar consideravelmente.

Ao citar os problemas de trânsito, os empresários e diretores lembraram ainda as dificuldades para a Indústria de Alimentos Gulozitos. Depois de quinze anos instalada o bairro Lajinha, a fabrica investe em Manhuaçu, mas o bairro não recebeu investimentos em infra-estrutura.

O secretário Adejair de Barros e o empresário José Fernandes da Costa lembraram que já houve um interesse em fazer uma parceria para criar uma alternativa de trânsito, principalmente para as carretas da empresa. “É preciso construir uma nova ligação com a BR-262, existe até um terreno, mas é uma obra cara para que o município ou a empresa arquem sozinhos”, lembrou Barros. Para fazer a travessia da rodovia para a Vila Deolinda é necessário construir uma ponte com um vão muito grande e alto: “Senão vai ser uma grande represa e, num dia de chuva forte, as casas da Vila Deolinda seriam prejudicadas”.

NOVAS EMPRESAS EM MANHUAÇU

Sobre investimentos, o presidente lembrou a inauguração do novos campus da Facig, a ampliação da Faculdade do Futuro, a criação de um espaço de aprendizagem de trânsito por uma auto-escola, a retomada das obras das Casas Bahia e vinda do supermercado. “Já sabemos também da intenção do Magazine Luiza de abrir uma loja na Amaral Franco (o ponto já foi alugado) e do Bradesco em se instalar num futuro prédio próximo à Praça Cordovil Pinto Coelho”, destacou Farrath.

Os empresários manifestaram mais uma vez a necessidade do contorno rodoviário para desafogar o trânsito pesado na cidade e a saída do Fórum, Ministério Público e Instituto Estadual de Florestas para o bairro Bom Pastor. Isso iria ampliar e diluir o movimento do centro da cidade. “Basta verificar como ficou mais fácil o funcionamento da Câmara na região do bairro Alfa Sul, onde já há uma série de entidades”, contou o vereador Toninho Gama, que também prestigiou o encontro.

Ao mesmo tempo em que os investimentos foram comemorados, empresários voltaram a reclamar da instalação de comércios (com bancas e barracas) nas calçadas, principalmente no centro de Manhuaçu.

Outro investimento já definido para a cidade é a construção de outro condomínio fechado. O dirigente da Aciam apenas adiantou que é um empreendimento dentro do que há de mais moderno em conceito de habitação em área fechada.

Carlos Henrique Cruz - 14/02/07 - 07:47

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