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Casal aplica o golpe do Bolsa Família em Manhuaçu

27/08/2008 - Atualizado em 29/08/2008 10h47

De fala mansa, Boa aparência e muita didática: Assim é a característica de um casal que tem realizado visita a residências nos Bairros Ponte da Aldeia e Engenho da Serra, principalmente pessoas idosas. Para envolver e ganhar a confiança das pessoas visitadas, o casal se apresenta como sendo funcionários da Secretaria Municipal de Ação Social, responsável pelo cadastramento e recadastramento das famílias que recebem o benefício do Programa Bolsa Família.

De acordo com a denúncia feita por pessoas que tiveram contato com o casal, quando chega acaba transmitindo segurança, caráter e seriedade. Logo em seguida, explica que aquela pessoa tem direito a sacar da agência bancária o valor de R$900,00 em tempo determinado.  Após informar, o casal pede o cartão de aposentadoria e a senha à pessoa, que inocentemente entrega confiante de que o dinheiro está à disposição. Segundo um morador do bairro Ponte da Aldeia, que preferiu o anonimato, os dois apossam dos dados e do cartão e depois devolve à pessoa um outro com as mesmas características, sem deixar que a vítima desconfie do golpe.

Procurada pela reportagem, a coordenadora do Programa Bolsa Família Giuzaina Celeste Gregório, explica que a Secretaria Municipal de Ação Social não está realizando esse trabalho, e nem fazendo cadastramento em domicílios.

Segundo ela, o casal denunciado não tem nenhum aval para realizar esse serviço, e o que está acontecendo é o golpe do Programa Bolsa Família nas pessoas que são aposentadas. Outro aspecto que as pessoas devem observar, é que a equipe do Programa Bolsa Família ao chegar às residências a serem visitadas se identificam, e andam no veículo caracterizado e placa branca. Giuzaina Celeste ressalta a importância das pessoas estarem atentas, e caso o casal chegue para aplicar o golpe, o morador deverá ligar para o número 190 ou para a Secretaria de Ação Social ( 3332-3800), para que as providências legais sejam imediatamente tomadas.

Ela chama a atenção no sentido de que as pessoas não devem entregar o cartão, e caso tenham problema devem procurar a Secretaria Municipal de Ação Social ou a agência bancária para trocar a senha. A argumentação do casal de golpista é que a pessoa visitada tem direito a receber um valor alto e contínuo. A partir daí aguça a vontade de ter o dinheiro, passam a ter o casal como pessoas sérias e com crédito para garantir uma condição financeira equilibrada. “Geralmente, eles procuram pessoas com pouca instrução e idosas, para facilitar a aplicação do golpe, copiar os números e em seguida concretizar o plano”, afirma Guizaina Celeste.

Eduardo Satil - 27/08/08 - 20:26 - portalcaparao@gmail.com

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