MANHUMIRIM (MG) - "Clima na cidade é de revolta. Não pela cidade ser violenta, mas pelo que aconteceu", relata Steyne Knupp, o enteado do comerciante morto em uma batida envolvendo o delegado da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) Adhemar Pereira Fully - que já se apresentou à polícia após o acidente.
No início da tarde desta terça-feira (13), dezenas de amigos de Fernando Batata, como era conhecido na região, se reuniram em passeata que foi do bar do qual ele era dono até o local do acidente.
Para Steyne, essa homenagem é imprescindível. "Apesar de não estarmos à frente de nenhuma organização, é claro que fizemos questão de participar", diz, se referindo à família da vítima. "A passeata foi toda organizada por amigos, que estão revoltados com a situação toda", detalha, em entrevista.
Ele diz que ninguém quer que o caso caia no esquecimento. "Por isso, até, que estamos sabendo que até o fim desta semana mais uma passeata será feita, seguindo o mesmo trajeto", reitera.
Steyne lamenta que a família não tenha nenhuma novidade que dá conta da investigação do caso, mas diz que estão por conta própria reunindo vídeos e fotos que comprovem os relatos que narram o acidente. "Eu mesmo estou atrás de gente que filmou e tirou foto do acidente. Também sei que muita gente viu. Agora, contamos com essas pessoas para irem prestar depoimento", apela.
AMIGOS CRIAM PÁGINA NO FACEBOOK
Esses mesmos amigos também criaram uma página no Facebook para divulgarem novidades do caso da morte do Batata. "Justiça Pelo Batata" traz mensagens que espelham a indignação que a população sente pelo acidente.
Pedro Permuy – Gazeta Online