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Segurança

Mecânico confesa que matou professora capixaba

03/10/2008 - Atualizado em 05/10/2008 14h08

"Após o encerramento, João Batista quis dar outro depoimento, foi quando confessou ter cometido o crime", comenta. "A confissão do assassino só foi divulgada ontem porque ele estava sendo ameaçado. Então depois da transferência concedida informamos o desfecho do caso, mas o local onde ele se encontra será mantido em sigilo por segurança", acrescenta a delegada.

No depoimento o assassino disse que inicialmente sua intenção era apenas dar carona à vítima, mas em determinado trecho da viagem ele cantou Fábia, que não gostou e chamou sua atenção, provocando uma discussão entre os dois. Nesse momento, João Batista parou o carro às margens da BR 262 e seguiu em direção à professora no banco do carona. Por causa do peso do homem o banco soltou e Fábia bateu a cabeça atrás, ficando desacordada.

Diante da situação, João Batista se desesperou porque já havia falado onde morava, seu nome e ficou com medo de represálias. Ele disse que então resolveu matar Fábia e a estrangulou. Em seguida, levou o corpo e jogou no local onde foi encontrado, próximo a uma cachoeira, em São Francisco do Humaitá, Minas Gerais (MG).

Tudo aconteceu na noite do dia 11 de julho. Depois de deixar o corpo de Fábia, o assassino percebeu que a mala da jovem estava em seu carro. Parou novamente e deixou à beira da estrada na periferia de Lajinha, em Minas Gerais. João Batista pernoitou na cidade e no dia seguinte lavou o carro e retornou à sua casa em Irupi, região do Caparaó no Espírito Santo.

A delegada Maria Elisabete disse ainda que João Batista confessou também que chegou a telefonar para a polícia, utilizando o nome Mateus, fazendo denúncias falsas sobre o caso para desviar a atenção e as investigações. O mecânico já tem passagem pela polícia por estupro em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, e responde em liberdade por tentativa de estupro em Conceição do Castelo, também no Sul.

Entenda o caso

A professora Fábia foi vista pela última vez em um abrigo de passageiros por volta das 18h30, no último dia 11 de julho, às margens da BR 262, em Venda Nova, enquanto esperava um ônibus para ir passar o final de semana na casa do namorado, Roziel Estevão Olavo, em Irupi, Sul do Estado.

O último contato de Fábia foi com Roziel. Ele disse que a namorada comentou durante a ligação que o homem chamado por "Oliveira", teria oferecido carona a ela, dizendo que o conhecia e que era de Irupi, mas Roziel disse para não aceitar porque não conhecia ninguém com esse nome. Depois da ligação a professora desapareceu sem deixar pistas. A mala da jovem foi encontrada em Lajinha, dias depois do desaparecimento, por um gari. Toda a versão foi confirmada pelo assassino.

Fábia morava em Piaçú, distrito de Muniz Freire, na região do Caparão, mas havia se mudado para Venda Nova há pouco tempo desde que passou no concurso municipal. Ela dava aulas em Pindobas, zona rural, e morava com amigas na cidade.

Kyssila Garcia - Redação Multimídia - Gazeta Online - 03/10/08 - 18:55

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