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52 anos da captura dos Guerrilheiros do Caparaó

03/04/2019 - Atualizado em 04/04/2019 19h56

MANHUAÇU (MG) - A quarta-feira marca uma data significativa na História da região do Caparaó. Há exatos 52 anos (03/04/1967), policiais do 11º BPM capturavam os últimos oito guerrilheiros que se encontravam na Serra do Caparaó.

Ao todo vieram quatorze para a região. Eles integravam o MNR (Movimento Nacional Revolucionário), que era apoiado por Leonel Brizola e Fidel Castro.

Conforme livro e filme, era intenção dos mesmos instalar na Serra do Caparaó um QG,tal qual ocorreu na Sierra Maestra.

Consideravam estratégica a posição do Caparaó, por sua proximidade com as capitais Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória, com a vantagem de a ferrovia passar por aqui.

A ideia era, após praticar os atos de guerrilha nestas cidades, retornar escondidos no trem, até chegar em Caparáo, onde se refugiariam e planejariam novas ações.

Chegaram por aqui no final de 1966.

Compravam mantimentos à vista nas mercearias de Alto Caparaó e praticavam assaltos à agência bancária. Alegaram que o dinheiro era para a causa.

No entanto, ao contrário do ocorrido em Cuba, a população local (Alto Caparaó e Caparaó) não aderiu, e, em sua grande maioria, nem compreendia a presença daquelas pessoas estranhas circulando a região.

De acordo com tese de Mestrado publicada por Professor Plínio Ferreira em revista de circulação nacional, em pesquisa realizada nos anos 2000, junto aos moradores mais antigos, constatou-se a crença da população local nesse tipo de seres imagéticos facilitava a penetração do discurso anticomunista, criando uma imagem ruim do guerrilheiro.

Alguns sugerem também que, em razão do hábito de os mesmos subirem rumo ao pico, diariamente, no começo do anoitecer, e só retornarem no dia seguinte, surgiram outras histórias.

Capturados, vieram para o antigo batalhão, no Bairro Engenho da Serra.

Com suspeita de que alguns poderiam estar com pneumonia, o comandante da época solicitou o comparecimento do Médico Dr. Michel Hannas para avaliar as condições dos presos (momento em que a foto foi registrada).

Em seguida, eles foram conduzidos para o presídio de Juiz de Fora.

Thomaz Júnior

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