Sete são indiciados por tráfico em Matipó

No dia 4 de dezembro chegou até a cadeia de Abre Campo uma sacola com compras destinadas ao preso João Paulo Martins, o Irmão Coragem. O agente penitenciário revistou a compra e encontrou, num frasco de Toddy, uma porção de maconha.

Coragem está preso justamente por condenação por tráfico de drogas. Militares foram até o supermercado e levantaram que Willian Heleno Celestino, o “ET”, havia realizado a compra de alguns gêneros, como sabonete, pasta de dente e outros e mandou entregar na cadeia pública. O Toddy não foi comprado no supermecado e ET incluiu no pacote a ser entregue.

DE ONDE VEIO

Ao serem reunidas informações com as características dos traficantes que forneceram a droga a Willian, o delegado Carlos Roberto de Souza acionou Policiais Civis lotados na Comarca e solicitou o apoio de Policiais Militares de Matipó para localizar os fornecedores. Foram presos Luciano Fernando de Oliveira, Carlos Alexandre de Almeida Silva e um rapaz, que as investigações mostraram ser apenas usuário.

“As investigações apontaram que o principal traficante era Carlos Alexandre. Natural de Belo Horizonte, tinha a facilidade de buscar maconha e crack na capital com a ajuda do motoboy Gilson Leite Caetano, que também foi indiciado”, explicou o delegado.

Também foram indiciados Manasses Matos Machado, Leandro Rodrigues Xavier, o “Leandro da Blazer; e Luciano Carlos de Abreu, “Pelé” ou “Bené. Todos por associação para o tráfico.

Manasses, natural de Belo Horizonte, fugiu um dia após a prisão de Carlos Alexandre. As investigações apuraram que Manasses ajudava Carlos no empacotamento da droga em pequenas porções destinadas a venda.

Leandro da Blazer foi indiciado após ser apurada sua participação na facilitação da fuga de Manasses e outros envolvimentos. Luciano teve seu indiciamento porque agia da mesma forma que Gilson. “Somente estava ‘afastado do negócio’ porque sua motocicleta estava com defeito”.

O tráfico de drogas vem se tornado um dos principais problemas enfrentados na Comarca de Abre Campo, em especial as cidade de Matipó, Santa Margarida e Caputira. “É uma mola propulsora dos furtos e roubos crescentes na região. É a principal causa de delitos infracionais: menores furtam e roubam para adquirir maconha e agora o crack”, destacou o delegado Dr. Carlos Roberto.