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Chuvas: Cidade acabou, diz prefeito de Espera Feliz

02/02/2020 - Atualizado em 02/02/2020 08h32

ESPERA FELIZ (MG) - O município de Espera Feliz ficou completamente destruído após as fortes chuvas que atingiram a região na sexta-feira (24) e no sábado (25/01). Pelo menos 1.500 pessoas ficaram desabrigadas na cidade.

O prefeito Carlinhos Cabral afirmou que a cidade foi devastada pelo temporal. “O rio subiu de dois a três metros em um período muito rápido. Estimamos que 75% da cidade foi invadida pela água. É uma situação nunca vista antes em Espera Feliz, nossa cidade acabou”, afirmou.

Pela proximidade com o Pico da Bandeira, no Parque Nacional do Caparaó, foram registradas cabeças d’água em cachoeiras do local que desceram em um volume muito grande para o Rio São João, que passa em Espera Feliz.

Espera Feliz, com aproximadamente 25 mil habitantes, foi arrasada por enchentes, deslizamento de terra, problemas de estrutura nas pontes que servem de entrada ao município.

A secretária de Governo e Gestão, Vera Lúcia Grillo Ramos, explicou que um decreto de situação de emergência foi enviado ao Governo de Minas Gerais. A estimativa é de que oito mil pessoas chegaram a ficar desalojadas, em abrigos, igrejas e casas de familiares.

A Prefeitura está realizando o levantamento e afirmou que mais de 1,5 mil pessoas perderam tudo nas residências, e não podem mais retornar, o que as caracteriza com desabrigadas.

O comércio também foi afetado. Diversos lojistas de variados seguimentos perderam mercadorias e os bancos da cidade não estão funcionando.

Seis dos sete postos de saúde do Programa de Saúde da Família (PSF) foram inundados e afetados. Apenas a unidade localizada na Zona Rural não sofreu comprometimentos.

O prefeito também revelou que as quatro pontes que ligam a cidade foram interditadas com risco de desabamento. “Nossa situação é muito crítica. Temos mais de 10 mil pessoas que estão com problemas, pessoas que perderam tudo. Foi a pior enchente que já ocorreu na cidade”, relatou Cabral.

Os moradores que perderam tudo nas residências ou estão em situação de risco foram abrigados em cinco pontos diferentes, entre igrejas, associações, escolas estaduais e um Seminário da Igreja Católica, localizado no Centro da cidade.

No Seminário, ocorre a concentração de servidores e voluntários que recebem doações de roupas, alimentos não perecíveis, bens materiais, água potável e outros produtos.

Com informações do G1 Zona da Mata e do Portal Espera Feliz

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