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Professor participa de dossiê sobre pessoas em situação de rua no país

12/08/2020

REDAÇÃO - O sociólogo e professor da Rede de Ensino Doctum Manhuaçu, Igor Rodrigues, participou de um dos maiores estudos sobre as pessoas em situação de rua do Brasil. Esta população ganhou um olhar aprofundado de pesquisadores brasileiros, que foram reunidos no livro “Cidadão em situação de rua, dossiê Brasil – grandes cidades”. O livro é resultado de cerca de 10 anos de estudo, do professor e sociólogo Igor Rodrigues e do professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, Dmitri Cerboncini Fernandes.

Igor atualmente é professor do curso de Direito da unidade Doctum de Manhuaçu, e a população em situação de rua foi objeto de estudo de seu mestrado e doutorado, pela Universidade Federal de Juiz de Fora. O sociólogo destaca que esta população é excluída de dados oficiais, como do IBGE, que nãos os qualifica, nem os quantifica. O estudo contou com a colaboração de profissionais de diversas áreas, e buscou entender que tipo de vida esta população desenvolve no dia a dia das cidades. A pesquisa foi realizada nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Vitória, Juiz de Fora, Fortaleza e João Pessoa.

Igor ressaltou que o estudo revela dados inéditos e desconstrói vários mitos em relação à população de rua, como por exemplo, que eles não trabalham, ou que a rua seria uma escolha. Segundo o professor, para cada pessoa nestas condições, existe uma história e uma trajetória de exclusão. “Estudo a situação da população de rua há cerca de dez anos e coordenei diversos diagnósticos municipais sobre essa população no Brasil. Essa empreitada inédita no Brasil,  que resultou neste dossiê, contou com uma série de pesquisadores nacionais e internacionais de diversas áreas. Nosso principal objetivo foi mapear e entender aspectos centrais na vida da população de rua nas grandes cidades do Brasil”.

Outro ponto importante da pesquisa é sobre a chamada invisibilidade da população de rua. Igor explica que, do ponto de vista social, eles realmente são invisíveis, mas do ponto de vista penal, para as instâncias de controle, eles são demasiadamente vistos, e sofrem violência diariamente, quer seja física, moral, simbólica ou patrimonial. Para o sociólogo, se fossem invisíveis não incomodariam tanto. “Uma das contribuições principais deste estudo foi entender melhor os graus de vulnerabilidade social que perpassa cada perfil que compõe esse agrupamento maior, chamado população em situação de rua”.

Apesar de a pesquisa trazer um estudo macro de grandes capitais, ela pode ser perfeitamente utilizada para refletir questões locais e desenvolvimento de políticas públicas para a população em situação de rua, ressaltado outras percepções acerca destes cidadãos.

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