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Mãe clama por ajuda para trazer filha que está detida nos Estados Unidos

18/07/2021 - Atualizado em 21/07/2021 14h16

REDAÇÃO - A saga para tentar ajudar a filha de 21 anos que está detida nos Estados Unidos, logo após fazer a travessia via México junto com o namorado, continua para Elisângela da Silva, 40 anos, moradora de Manhuaçu. Em conversa com reportagem, ela relata as dificuldades que a filha tem enfrentado em um centro de detenção em Louisiana e busca por algum tipo de ajuda para trazê-la de volta.

Segundo Elisângela, a filha Thaynara da Silva já perdeu 7 quilos desde que chegou ao South Louisiana Ice Processing Center. Em conversas com a mãe por telefone, a jovem tem relatado momentos de muitas dificuldades, inclusive sem atendimento médico. “Lá ela tem sofrido muitos maus-tratos, pois a minha filha possui problemas de saúde, como a ansiedade, que a deixa com fortes dores no peito, problemas no intestino e também fortes dores na barriga. Não querem dar atendimento a ela. Minha filha chega a chorar pedindo para ser atendida, e quando me liga, também chora bastante, relatando essa situação que vem passando. A única coisa que posso fazer também é chorar”, disse.

De acordo com Elisângela, a filha contou que, na busca por um atendimento médico, ela chegou a ser levada a uma sala para fazer um exame de raio-x, mas no final ouviu que não sabiam qual era o real problema dela. “No meu último contato por telefone, minha filha disse que há dois dias estão sem comida, só fornecem lanches, não tem horário fixo de refeição, além de cinco dias sem poder ir ao pátio e tomar um banho de sol”, revela Elisângela.

A mãe de Thaynara ressalta que o desejo da filha é retornar ao Brasil logo, mas ainda aguarda para assinar a carta de deportação. “Ela realizou uma entrevista e disse que queria voltar ao Brasil. O que eu pude fazer é mandar e-mail para todos os consulados, mas não obtive resposta de nenhum. Teve uma moça que ligou no Itamaraty e responderam que não poderia ser feito nada no momento, já que a minha filha estava sob o poder da polícia de Imigração. Um advogado lá é muito caro e não tenho condição de pagar. Tentei ajuda nas redes sociais, mas sem sucesso. Estamos nessa luta e aguardando o pedido de deportação. O namorado dela já assinou a carta e no máximo em 45 dias mandam ele de volta. Já a minha filha continua sem o atendimento digno e sofrendo, e meu contato com ela é sempre por telefone, pois tem direito a um determinado número de ligações por semana.”

 “Não sei mais o que fazer, só peço a Deus que traga ela de volta. Não precisa deles judiarem dela, é só voltar a minha filha para o Brasil”, continuou a mãe, que se diz com o coração apertado.

Tentativa de travessia no mês de maio

Elisângela explica que Thaynara saiu do Brasil junto com o namorado, Josué Nazaré, 22 anos, no dia 14 de maio. Quando chegaram ao México, fizeram uma parada de uma semana. Depois desse tempo, o namorado ligou informando que eles foram presos nos Estados Unidos, assim que pisaram em solo norte-americano.

A mãe de Thaynara conta que a filha relatou que ela e o namorado tentaram atravessar a fronteira sozinhos, mas no meio do caminho foram assaltados e ficaram sem as mochilas e o dinheiro que tinham. Passaram uma noite em uma mata. Quando amanheceu, conseguiram atravessar a fronteira e se entregaram aos agentes americanos.

Após a detenção, foram encaminhados a um abrigo e depois o namorado foi direcionado para o South Texas Detentions Facility. Já Thaynara ficou no abrigo por mais duas semanas até ser transferida para o South Louisiana Ice Processing Center, local onde permanece detida.

De acordo com Elisângela da Silva, sua filha Thaynara da Silva teve uma piora no centro de detenção em Louisiana e precisou de internação em um hospital. A preocupação é grande.

De acordo com Elisângela, a filha já alegava muitas dores na região da barriga, mas não estava tendo uma atenção médica necessária onde estava detida.

A mãe revela que está sendo um drama tudo que envolve a situação, já que a filha foi assaltada na travessia via México, e não sabe as reais condições dela hoje. Ela reforçou que Thaynara teve uma piora na saúde após chegar no centro de detenção.

Elisângela pede a quem quiser ajudar de alguma forma pode entrar em contato pelo whatsapp (33) 98412-9732.

Diário do Rio Doce

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