.png)
Operação conjunta das Polícias Militar e Civil, em decorrência da Semana Nacional de Combate à Exploração Sexual Infanto-Juvenil, prendeu o cidadão conhecido como Betinho do Coqueiro, na casa dele, na avenida Getulio Vargas, no bairro Coqueiro, em Manhuaçu. A Justiça decretou a prisão preventiva de Agostinho Belo de Oliveira, 48 anos, sob a acusação de aliciar menores para a prática de sexo (pedofilia).
O serviço de inteligência da Polícia Militar realizou o trabalho durante três meses acompanhando o que acontecia na casa, localizada próximo a uma madeireira, no calçadão do Coqueiro. Por volta de 11 horas, policiais e viaturas iniciaram a operação. Apreenderam cds, uma lata de thinner, fitas cassete e um rádio. Os levantamentos sugerem que, há muitos anos, ele aliciava menores.
A Justiça decretou prisão preventiva e determinou uma busca minuciosa na casa para complementar os levantamentos que foram feitos ao longo dos últimos meses. “A Polícia Militar levantou muitas informações, mas nunca com detalhes suficiente que permitiam a autorização para entrarmos na casa. Esses elementos foram reunidos e a Justiça permitiu a busca na casa e a prisão dele”, explica a Delegada Lujan Pinheiro.
Ela ainda confirmou que há evidências de que a casa era freqüentada por adolescentes. O levantamento da polícia mostrou algumas pessoas que agora serão ouvidas na delegacia no inquérito aberto sobre o caso.
SUJEIRA
Durante todo o trabalho, a movimentação de viaturas e policiais chamou a atenção de moradores do Coqueiro e de quem passava pelo bairro. A perícia encontrou uma casa em condições muito ruins de higiene. O mau cheiro era muito forte, inclusive com a presença de animais.
O Tenente Adenilson, da Polícia Militar de Manhuaçu, explica que moradores auxiliaram o trabalho de levantamentos do serviço de inteligência. “Recebemos informações muito vagas e, a partir daí, policiais sem fardas começaram a acompanhar o local. Moradores também passaram novos dados. Com esse material, tivemos o apoio do Ministério Público e da Polícia Civil e conseguimos a autorização da Justiça Criminal”, afirmou o oficial. Adolescentes também foram ouvidos pela promotoria e pelo psicólogo judicial.
Há denúncias de tráfico de drogas. Os policiais encontraram pequenas quantidades de drogas e levaram até a equipe do canil com a cadela Pantera para farejar alguma outra substância entorpecente.
O que mais chamou a atenção da polícia foi a existência de uma câmera. Ele tinha como monitorar o movimento do calçadão do Coqueiro. “Isso aumenta nossos questionamentos sobre o motivo de ter esse equipamento instalado. A Dra. Lujan Pinheiro vai poder apurar isso mais detalhadamente durante o inquérito”, destacou.
Ao longo dessa semana, Polícias Militar e Civil, Conselho Tutelar e Comissariado de Menores fizeram diversas abordagens a motéis, casas noturnas e danceterias visando o combate a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Eduardo Satil / Leonardo Medeiros - 23/05/09 - 14:08 - portalcaparao@gmail.com